Médico e dono de clínica são presos por venda de atestados falsos de comorbidade para vacina
- Polícia prendeu um médico e o dono da clínica em Pilares, no Rio
- A dupla vendia a R$ 20 atestados de comorbidades para vacinação contra a Covid-19
- Em São Paulo, também foram registrados casos de venda de atestados falsos
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quinta-feira um médico e o dono de uma clínica por venderem atestados falsos para pessoas que queriam furar a fila da vacinação contra a Covid-19. As informações são do G1.
De acordo com o site, a Delegacia de Defraudações identificou os criminosos como Sérgio Mendes Izidoro, dono de uma clínica no bairro de Pilares, e Augusto Guedes de Carvalho Filho, médico.
A investigação comprovou que a dupla vendia a R$ 20 atestado que desse ao paciente o direito de receber o imunizante do coronavírus. “No atestado, o médico afirmavaque o paciente possuía comorbidade incluída no rol elencado pelo Ministério da Saúde”, explicou a delegada Daniela Rebelo, responsável pelo caso.
Na clínica, os agentes apreenderam medicamentos e atestados já prontos para doenças consideradas elegíveis para a vacinação, como hipertensão arterial. Sérgio e Augusto responderão a processo e podem pegar até cinco anos de cadeia.
Venda de atestados em São Paulo
Vendedores ambulantes da Praça da Sé, no centro de São Paulo, também estão oferecendo atestados médicos falsos de comorbidade para quem quer se vacinar contra Covid-19 antes da sua vez.
Os vendedores oferecem um “kit completo”, com atestado médico de doença e receituário de medicamento, de acordo com apuração do jornal Folha de S. Paulo. O kit custa R$ 220.
O comércio de atestados não é raro na região, mas tomou novos rumos com a nova fase da vacinação contra a Covid-19, que está imunizando pessoas com comorbidades, tais quais diabetes, hipertensão e doenças cardíacas. Para receber a dose, no entanto, é preciso de atestado comprovando ter a doença.