Tether (USDT), maior “dólar digital” do mundo, reporta reservas de mais de US$ 80 bilhões
Empresa por trás da criptomoeda indexada ao dólar tem R$ 1,5 bilhão em Bitcoin
As reservas da stablecoin Tether (USDT) atingiram US$ 81,8 bilhões no final do primeiro trimestre, de acordo com um atestado de reservas divulgado nesta quarta-feira (10), o que representa um montante cerca de US$ 14,8 bilhões acima do trimestre anterior.
Investidores de criptomoedas migraram para a stablecoin nos últimos meses, considerando-a um refúgio relativamente seguro durante a turbulência envolvendo bancos regionais dos Estados Unidos e uma repressão regulatória às empresas do setor cripto.
As reservas de Tether incluem US$ 53 bilhões em títulos do tesouro dos Estados Unidos, disse o relatório, acima dos US$ 39,2 bilhões no final de 2022, incluindo US$ 1,5 bilhão em Bitcoin (BTC) e US$ 5,3 bilhões em empréstimos que, segundo o relatório, seriam “garantias em excesso”.
A Tether, empresa por trás da stablecoin de mesmo nome, disse que está tentando “reduzir sua dependência de depósitos bancários puros” e alavancar o mercado repo. Um acordo repo é quando instituições financeiras usam títulos do Tesouro dos EUA e outros títulos de alta qualidade como garantia para captar dinheiro, geralmente da noite para o dia.
Apesar de o Bitcoin ser a criptomoeda mais famosa, a USDT vem há tempos sendo o criptoativo preferido no Brasil. Segundo dados da Receita Federal, investidores brasileiros movimentaram R$ 37,1 bilhões em USDT no primeiro trimestre, o equivalente a 81% do total de criptos transacionadas no período.
Em 2022, as stablecoins de dólar responderam por mais de R$ 100 bilhões das declarações de criptoativos realizadas por brasileiros, um crescimento de 135% em relação ao ano anterior.
(Com informações da Reuters)