Quais são as tendências que vão se manter depois da pandemia?

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Já vimos repetidamente quantos aspectos mudaram nos últimos 2 anos. No mercado, as pessoas se adaptaram ao que foi necessário e criaram comportamentos (ou intensificaram alguns já existentes) para viver em um mundo pandêmico. Mas, eventualmente, viveremos de novo em um mundo sem pandemia e de volta “ao normal”. Será que o normal vai ser o mesmo de antes? Além disso, será que abandonaremos todas as mudanças recentes para continuar a vida como se 2020 e 2021 não tivessem acontecido?

Na verdade, isso é impossível. A humanidade nunca caminha para trás, apesar do que pode parecer em algumas circunstâncias. Somos seres em constante evolução e, atualmente, evoluímos em uma velocidade tremenda graças à tecnologia. Novas soluções foram criadas ou aumentadas durante esse período e já fazem parte do cotidiano de muita gente. Pense comigo: você deixaria para trás o delivery? Ou a possibilidade de pedir um motorista por aplicativo? Talvez as compras no e-commerce com entrega rápida?

Depois que uma facilidade é aceita pela população, ela tem grande potencial de fazer parte do cotidiano e simplesmente “não sair mais de lá”. É claro que, até chegar nesse ponto, existem muitas variáveis. Por isso, não dá para garantir que tudo que fez sucesso um dia vai se manter indefinidamente. Posso dar um exemplo com apenas uma pergunta: e o Clubhouse?

Então, quais são as práticas e as soluções que são importantes o bastante para seguirem como tendência em um mundo sem pandemia? Eu diria para continuar de olho nestas:

Omnichannel

Já foi dito e repetido, mas é importante frisar que o omnichannel ganhará cada vez mais protagonismo. A experiência oferecida a partir dessa estratégia é muito positiva para o consumidor, o que faz ele passar a exigi-la em qualquer empresa.

Relembrando: omnichannel é a integração da comunicação com o atendimento em todos os canais, online ou offline. Inclui-se nisso a centralização de dados do público, o alinhamento da linguagem e a facilitação da jornada de compra dupla — quando o cliente começa no digital e termina no presencial ou o contrário.

Consumo online

Não é surpresa que o consumo digital já estava em uma crescente constante antes da pandemia. Agora, depois da subida superinclinada causada pela pandemia, temos um público enorme que aproveitou e gostou das facilidades do online.

Isso vale para todo tipo de serviço e produto, inclusive os essenciais. Segundo a Opinion Box, 49% das pessoas passaram a adquirir o essencial por meios digitais a partir de 2020 e não pretendem abandonar esse costume.

Mobile

O smartphone já é companheiro constante de mais da maioria da população brasileira. De acordo com a 32ª Pesquisa Anual do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Asministração de Empresas de São da Fundação Getulio Vargas (FGVcia), o noso país conta com cerca de 242 milhões de smartphones, o que corresponde a mais de um celular por habitante.

Portanto, a presença digital adequada à experiência mobile é extremamente importante e vai se manter assim. Além de sites responsivos, outra tendência dentro desse contexto são os aplicativos. Segundo o app Annie, especialista em dados do mercado de tecnologia móvel, só em 2020 houve 218 bilhões de downloads de apps globalmente. Dentro deles, foram gastos 3,5 trilhões de horas e 143 bilhões de dólares. Então, não é brincadeira, mesmo!

Social selling

As compras online vão além do e-commerce atualmente. Social selling é um termo que se refere às vendas realizadas a partir das redes sociais, em especial o Instagram e o WhatsApp, que liberaram a função mais recentemente e transformaram muitos de seus milhões de usuários em adeptos desse tipo de transação.

Uma pesquisa da Opinion Box em conjunto com a Mobile Time, realizada em setembro de 2020, mostrou que 70% dos entrevistados já haviam comprado diretamente pelo WhatsApp; enquanto 40% fizeram o mesmo pelo Facebook e Messenger; e 39% pelo Instagram. Pensando no futuro, a perspectiva segue positiva: 52% dos consumidores pretendem manter o hábito, de acordo com o E-commerce Brasil.

De todas essas tendências, o que podemos observar com mais clareza é a predominância do digital. O fato é que todas elas já aconteceriam de qualquer maneira com o tempo, mas a pandemia forçou uma aceleração. É natural que isso tenha assustado muitos e causado uma sensação de que foi apenas um período obrigatório e não uma escolha. Contudo, o digital veio para facilitar, para expandir possibilidades e, acima de tudo, veio para ficar.

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André Palis, colunista do TecMundo, trabalhava na Google antes de empreender. Fundou a Raccoon em 2013, em São Carlos, importante polo de tecnologia do Estado de São Paulo, e em 8 anos adquiriu a carteira de grandes players do mercado, como Vivara, Natura, Leroy Merlin e Centauro. Em 2013, notou um gap no mercado digital, pediu demissão da Google e, ao lado de Marco Túlio Kehdi, fundou a Raccoon, uma agência full service que atua como parceira estratégica em toda a cadeia digital. Em 2021, a Raccoon passou por um processo de fusão e agora faz parte da holding global S4 Capital. Em 2021, a Raccoon passou por um processo de fusão e agora faz parte da holding global S4 Capital.

 

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Fonte tecmundo
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