Marfrig (MRFG3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 634 mi no primeiro trimestre
Companhia divulgou seus números trimestrais nesta segunda-feira (15)
A Marfrig (MRFG3) reportou prejuízo líquido de R$ 634 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), revertendo lucro líquido de R$ 109 milhões no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia nesta segunda-feira (15).
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,498 bilhão, queda anual de 45,5%. Isso levou a uma queda da margem Ebitda de 7,6 p.p. (pontos percentuais), para 4,7%.
A receita líquida somou R$ 31,757 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 42,2% na comparação com igual etapa de 2022, explicado pela consolidação dos resultados da BRF no trimestre.
A receita líquida da Operação América do Norte foi de US$ 2,583 bilhões no 1T23, 14,6% inferior ao 1T22.
O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 2,776 bilhões no primeiro trimestre de 2023, uma redução de 20,3% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 8,7% no 1T23, baixa de 6,9 p.p. frente a margem do 1T22.
A empresa explica que a margem foi impactada negativamente pelo maior custo do gado somado ao menor preço de venda, principalmente nas exportações e pela redução no preço dos subprodutos.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 3,083 bilhões no 1T23, um crescimento de 172,2% em relação ao mesmo período de 2022.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,523 bilhão no primeiro trimestre de 2023, uma elevação de 44,2% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
Os investimentos consolidados foram de R$ 1,1 bilhão, dos quais R$ 434 milhões foram investimentos recorrentes da Marfrig, ou seja, aqueles investidos em manutenção do parque fabril das operações bovinas ou em projetos de crescimento orgânico. Os investimentos em manutenção somaram R$ 246 milhões e os investimentos em expansões e outros projetos em andamento totalizaram R$ 188 milhões, uma redução de 43% em relação ao 4T22 e refletindo a fase final do ciclo de investimentos em projetos de expansões.
Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 40,223 bilhões, um crescimento de 90% na comparação com a mesma etapa de 2022.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,50 vezes em março/23, queda de 2,19 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.