IPCA-15 e início da temporada de resultados no Brasil, PIB dos EUA e balanços de techs: o que acompanhar na semana

-- Publicidade --

Após uma semana marcada por dados de serviço. de vendas do varejo de do IBC-Br mostrando desaceleração da economia, o destaque da próxima semana será o início da temporada de resultados e, entre os indicadores, a divulgação do IPCA-15 de outubro.

A expectativa para a prévia da inflação medida pelo IPCA é de alta de 0,020% no consenso do mercado enquanto, para o Bradesco, a expectativa é de uma alta um pouco menor.

“Esperamos alta de 0,16%, desacelerando em relação a setembro (0,35%). O menor ritmo deverá ser explicado por administrados, especialmente pela queda de preço da gasolina e de energia elétrica. Por outro lado, os preços livres devem acelerar, com uma menor deflação de alimentos”, considera o banco.

O Itaú entende que é possível que a alta seja de 0,14%, que representaria uma desaceleração em relação ao mês de setembro, que teve alta de 0,35%.

“Esperamos que a inflação desacelere para 0,14% (de 0,35% em setembro), com gasolina e energia elétrica registrando alguma deflação. Vale ressaltar que a taxa anual provavelmente permanecerá estável em 5,0%”, considera.

O dado será divulgado na quinta-feira, assim como a sondagem da construção, o índice INCC pela FGV e, pelo Banco Central, haverá divulgação dos dados de transações correntes e IDP.

“O investimento estrangeiro direto provavelmente apresentará um resultado positivo de US$ 3,9 bilhões, resultando em um superávit de US$ 60,2 bilhões em 12 meses. Com mais um bom resultado, a situação externa deve permanecer em níveis relativamente confortáveis. Para o futuro, prevemos um déficit em conta corrente de 2,0% em 2023”, aponta o Itaú.

Antes disso, na segunda, serão conhecidos os dados do monitor do PIB, da FGV, e da sondagem da indústria da construção. Entre os dados semanais divulgados na segunda, estão o IPC-S e a balança comercial, além do relatório Focus.

Na terça, não haverá divulgação de indicadores mas, na quarta, a agenda fica cheia com IPC semanal, sondagem do consumidor (pela FGV), dados de mercado aberto do BC, resultados setoriais do ICEI e o relatório mensal de dívida pública federal, divulgado pelo Tesouro.

Na sexta-feira, mais um dia cheio, com novos dados de sondagem da indústria, dados de política monetária e operações de crédito do Banco Central e resultado primário do Governo Central (estimado em R$ 13 bilhões pelo Bradesco). Ao longo o dia, será divulgada também a nova definição da bandeira tarifária de energia.

“Esperamos um superávit de R$ 12,5 bilhões e R$ 14,7 bilhões, respectivamente. A arrecadação de impostos de setembro também pode ser divulgada, e projetamos um resultado de R$ 174 bilhões”, considera o Itaú.

No cenário político, é possível esperar mais discussões sobre medidas de aumento de receita e novas propostas para o ICMS. Além disso, a votação do projeto de lei que taxa investimentos offshore e fundos exclusivos poderá ocorrer na Câmara dos Deputados.

No Banco Central, é possível que sejam divulgadas novidades sobre quem ocupará os cargos dos diretores Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais e Gerenciamento de Risco Corporativo) e Maurício Costa (Relações Institucionais, Cidadania e Fiscalização de Conduta).

Início da temporada de balanços no Brasil

O noticiário corporativo também ganha força, com o início da temporada de balanços do terceiro trimestre na próxima terça-feira (24).

Entre os resultados de destaque, atenção para Klabin (KLBN11), Santander Brasil (SANB11) e WEG (WEGE3) na quarta, enquanto Gol (GOLL4), Multiplan, Hypera (HYPE3), Suzano (SUZB3) e Vale (VALE3) divulgam seus números na quinta. Já Usiminas (USIM5) revela seus números na sexta, antes da abertura dos mercados.

Confira abaixo os resultados da semana e o calendário completo clicando aqui:

PIB nos EUA é destaque na agenda internacional 

Nos EUA, a semana se encerrou com o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, na quinta-feira dando o tom dos mercados até o fechamento de sexta-feira.

Na agenda dos próximos dias, nos EUA, serão destaque o índice de atividade nacional, do Fed, divulgado na segunda-feira. Na terça, será a vez dos dados do PMI composto. O principal dado da semana será divulgado na quinta-feira, com apresentação dos números preliminares do PIB do terceiro trimestre, com projeção do consenso Refinitiv em 4,4%.

Na sexta-feira, a agenda segue, com apresentação de rendimentos pessoais, gastos pessoais (com projeção de 0,5% na comparação mensal, pelo Refinitiv) e o Deflator do PCE, com expectativa do Refinitiv de 0,4% em relação ao mês anterior. Na mesma manhã, serão apresentados também o índice de confiança da Universidade de Michigan e a Sondagem de Serviços, do Fed.

A temporada de resultados lá fora segue entre os destaques, com divulgação de Microsoft, Google, Meta e IBM entre os dias 24 e 25 de outubro.

Além disso, ainda na agenda internacional, serão destaque as divulgações, na zona do Euro, dos dados de confiança do consumidor na segunda-feira e, na terça, o mesmo dado será apresentado pela Alemanha.

Nesse dia, haverá divulgação do índice PMI Composto da Alemanha (projeção de 46.7 no consenso Refinitiv), Reino Unido (47,3 pelo consenso Refinitiv) e Zona do Euro (48,7 pelo Refinitiv). Na quarta-feira, será o dia da divulgação da pesquisa de sentimento econômico da Alemanha, com projeção de 85,9.

Na quarta-feira, o Banco Central anunciará a decisão da política monetária. A expectativa é que a taxa de juros fique em 4,50%, pelo consenso Refinitiv.

Ao longo da semana, serão revelados os dados de transações correntes da China e os números de vendas no varejo da Alemanha.