GPA rejeita nova oferta de bilionário colombiano pelo Éxito

Rede colombiana de supermercados está entre os ativos que o Casino pretende colocar à venda para resolver seus problemas de liquidez

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GPA (PCAR3) rejeitou a segunda oferta feita pelo empresário colombiano Jaime Gilinski pelo controle do Éxito. De acordo com o comunicado da companhia, “o preço ofertado não atende parâmetros adequados de razoabilidade financeira para uma transação visando uma participação de controle e, portanto, não atende o melhor interesse do GPA e de seus acionistas.”

A rede colombiana de supermercados está entre os ativos que o Casino pretende colocar à venda para resolver seus problemas de liquidez.

O bilionário colombiano estava oferecendo US$ 586.500.000 por 51% da empresa, o que representaria US$ 1.150.000.000 pela totalidade do capital social. Na oferta anterior, Gilinski oferecia US$ 836 milhões pelos 96,52% do capital social da rede supermercadistas colombiana detido pelo GPA, o que não foi aceito pela companhia.

O conselho de administração da empresa apresnetou uma lista de requisitos mínimos para a compra, considerando o estágio avançado de segregação das ações da Éxito, anunciada pela empresa no começo do ano.

  • consideração financeira que reflita a aquisição de uma participação de controle;
  • contrato definitivo de compra e venda, incluindo não solicitação de quaisquer obrigações de indenização a acionistas do Éxito que não sejam aquelas estritamente legalmente estabelecidas;
  • breakup fee representando percentual razoável do preço a ser proposto e a ser depositado em escrow para motivar o engajamento em discussões que potencialmente possam justificar cancelamento ou alteração do processo de segregação dos negócios ora em curso caso, por qualquer motivo, uma potencial transação não se materialize (resultando em atrasos ao processo de separação de Éxito ora em curso);
  • apresentação de evidência de funding pelo proponente para o valor total do preço a ser proposto em pagamento à quantidade de ações de Éxito que se pretende adquirir, a ser emitido por uma ou mais instituições financeiras de primeira linha;
  • cronograma de implementação da transação claro, detalhando todas as etapas, documentos e aprovações relevantes para a concretização da transação;
  • pré-avaliação da natureza do potencial processo de análise antitruste e do cronograma de desenvolvimento de uma tal análise a que a transação se sujeitaria, se for o caso, baseado na Opinião Legal de escritórios de advocacia de primeira linha na Colômbia e ou globais;
  • diretrizes do plano do ofertante para o desenvolvimento dos negócios do Éxito após a transação, caso consumada;
  • e compromisso do proponente em apoiar o GPA em quaisquer alternativas que eventualmente sejam decididas pelo GPA com relação a sua participação remanescente no Éxito, incluindo (i) a potencial alteração dos termos atuais da segregação dos negócios que levem à entrega aos acionistas do GPA de parte ou toda participação remanescente no Éxito após a transação (“Nova Segregação de Ativos”); (ii) outras alternativas de monetização pelo GPA de participação remanescente no Éxito quer seja antes ou depois de um potencial Nova Segregação de Ativos.

Mais um capítulo da saída do Casino

As ofertas de Gilinski são mais um capítulo no anúncio da saída do Casino da América Latina. E era mesmo o que se esperava que acontecesse mais rapidamente depois da venda da participação no Assaí. Agora, o mercado tenta antecipar o futuro da rede dona do Pão de Açúcar e do Extra, que vive, em meio a tudo isso, seu processo de reestruturação.

Abilio Diniz de volta à empresa fundada por seu pai? Enxurrada de ações do GPA (PCAR3) na bolsa? Entrada de novos fundos estrangeiros em uma das mais tradicionais redes de supermercado do país? Muitas dúvidas rondam a ação do grupo desde 26 de junho, quando o Casino anunciou seus planos para melhorar a liquidez e tentar superar o bolo de dívidas que acumulou.

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Fonte exame
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