Fundo Verde reduz posições em Bolsa e aumenta em dólar
Portfólio gerido por Luis Stuhlberger teve ganhos de 2,52% em maio, embalados principalmente pela alocação em ações no Brasil e no exterior
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SÃO PAULO – Passado um mês de ganhos de 2,52% embalados principalmente pela alocação em ações no Brasil e no exterior, a Verde Asset decidiu reduzir as posições do lendário fundo de mesmo nome em bolsa e juro real, e aumentar a proteção no dólar.
Em uma curta carta a cotistas do fundo Verde divulgada nesta segunda-feira (08), a gestora de Luis Stuhlberger disse que, em maio, o panorama global seguiu a trajetória positiva de abril, em meio aos números cadentes de novos casos da Covid-19 na maioria das economias desenvolvidas e ao otimismo com a reabertura dos países, sem a presença, por ora, de sinais de uma segunda onda do coronavírus.
Diante dos reflexos favoráveis aos mercados, a Verde destaca que “o risco-retorno de posições de risco já não é o mesmo que dois meses atrás”, o que a levou novamente a reduzir alocações, especialmente na bolsa americana.
No Brasil e em outros mercados emergentes, a gestora assinala que a situação é mais complexa, já que o pico dos números de novos casos de coronavírus sequer foi atingido.
“Parece haver inflexão nas taxas de crescimento em determinados lugares, mas ainda é muito cedo para otimismo. Some-se a isso uma boa dose de volatilidade política, e os ativos brasileiros sofreram durante boa parte do mês, até que um período de calmaria gerou recuperação importante na última semana de maio e aqui no começo de junho. Nesse contexto, também reduzimos posições em bolsa e juro real, e aumentamos proteção no dólar.”
Em live promovida pela Verde em seu canal do YouTube na última semana (leia mais aqui), Stuhlberger indicou que a valorização mais recente do mercado não parecia sustentável.
“Estamos pegando uma carona nos preços dos ativos”, afirmou, emendando que os mercados emergentes têm sido puxados principalmente pelo asiático. “Sou muito menos otimista com o Brasil.”
No acumulado do ano, o fundo Verde tem queda de 4,41%, ante variação positiva de 1,54% do CDI, seu referencial.