Dona do camarote Nº1 da Sapucaí, no Rio, cria ‘camarote da Copa’ em SP e quer faturar R$ 275 milhões

Holding Clube, companhia fundada pelo empresário José Victor Oliva em 1988 para gestão do Camarote Brahma do Carnaval do Rio, aposta na Copa para um 2022 de retomada

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Uma das empresas de marketing de experiência mais tradicionais do Brasil, a Holding Clube está estreando no evento que mais mexe com as emoções dos brasileiros: a Copa do Mundo de futebol.

Fundada em 1988, pelo empresário José Victor Oliva, a Holding Clube ficou célebre pelo Camarote Brahma, depois chamado de Nº1 e, até hoje, “o” local para ver e ser visto ao redor de gente famosa na Sapucaí durante os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.

Agora, a empresa apresenta o Torcida Nº 1, um espaço para acompanhar os jogos da Seleção brasileira durante os jogos da Copa do Mundo do Catar, a ser realizada entre 20 de novembro e 18 de dezembro.

O que será o Torcida N° 1

A experiência será no PHD Rooftop, espaço de eventos gerido pelo grupo PHD, liderado pelo empresário Marco Bordon, e dono dos restaurantes de luxo Antonella, Mr Wong, Aragon, Pippo Limone e Tetto, além da casa noturna Disco, em São Paulo.

Em funcionamento desde o começo de 2022, o PHD Rooftop fica no condomínio onde está o Instituto Tomie Ohtake, no coração de Pinheiros, zona oeste da capital paulista.

A abertura está marcada para 24 de novembro, estreia do Brasil na competição, e a programação nas rodadas de quartas e semifinais estão condicionadas à classificação da seleção.

A experiência gastronômica, com valor de consumação à parte, incluirá até quatro restaurantes no rooftop, especializados em culinária brasileira, além de surpresas nos jogos.

Além disso, artistas como Mariana Rios e Luiza Possi, Birds of MindApacheKevin o ChrisPontifexxBateria da Vai-Vai vão cuidar da animação do espaço.

A estreia na Copa é uma das principais novidades da Holding Clube, um negócio afeito a diversificar as áreas de atuação.

Qual é a importância da novidade

O negócio original, chamado Banco de Eventos, foi fundado em 1988 pelas mãos de Oliva para a gestão principalmente do carnaval do Rio de Janeiro.

Oliva está no conselho da companhia, hoje comandada pelos sócios Priscila PellegriniJu Ferraz e Marcio Esher.

“A chegada da Torcida Nº1 potencializa o novo momento da Holding em atuar no mercado do entretenimento em todas as suas possibilidades, e não se limitando apenas a datas sazonais”, diz Esher, profissional de marketing com duas décadas de experiência no setor.

Antes da Holding, ele foi diretor de planejamento e operações no Brasil da The Marketing Store, agência global de marketing com grandes como McDonald’s no portfólio.

“Diante disso, reforçamos essa estratégia para a promoção de experiências com serviço de qualidade, e que aproximam assertivamente as marcas de seu público e potenciais clientes”, diz.

O Torcida Nº 1 já conta com parceria com a Colcci, marca que assina as camisetas oficiais, e com a Brahma, que continua com a assinatura do naming do Camarote Brahma N º1, e vem como a cerveja e chopp oficiais do Torcida.

Os sócios esperam atrair mais marcas dos segmentos de moda, beleza, entretenimento, mídia e consumo de luxo ao projeto.

Vista da parte externa do Torcida Nº 1: jogos, shows e comida como parte da experiência (Divulgação/Divulgação)

Onde estão os negócios da Holding Clube

“Queremos manter o nosso legado forte no mercado de experiências, e para isso, promovemos um evento que é uma extensão do Camarote Nº1, apresentando mais oportunidades para que nossos principais parceiros possam crescer junto com os nossos projetos”, diz Juliana Ferraz, que também é diretora de negócios e RP da Holding Clube.

“É uma agenda que será intensificada com uma frequência ainda maior, e com uma inteligência de negócios que se mostrará cada vez mais assertiva para a amplificação da atuação de marcas estrategicamente.”

Hoje o negócio da Holding está dividido em seis agências:

  • Auíri: agência de marketing de causa e propósito, responsável por desenvolver estratégias, campanhas e soluções relacionadas a questões sociais.
  • Storymakers: lançada em 2016, é a empresa aceleradora de ideias proprietárias do grupo. Tem como expertise criação, branding e planejamento estratégico.
  • Cross Networking: fundada em 2008, é  focada em parcerias estratégicas, no cruzamento de marcas com interesses em comum, conectando conteúdos e pessoas.
  • Roda Trade: faz parte da atuação da Holding desde 2017. É o braço tecnológico do grupo. A empresa tem como foco principal o marketing de dados e de relacionamento, e tem como expertises programas de fidelidade, campanhas de incentivo, promoções, loyalty e CRM.
  • Banco_ e Samba: agências de execuções de eventos que  atuam de maneira integrada com as outras empresas do grupo para criar experiências entre marcas e consumidores, seja no ambiente físico como no digital.

Entre os projetos proprietários do grupo está o Réveillon N1, que acontece em Itacaré, no litoral sul da Bahia.

Como foi o impacto da pandemia

Com produção da Samba, o evento é responsável por injetar mais de 60 milhões de reais na economia da cidade.

Antes da pandemia, a Holding Clube vinha num toada de crescimento — o faturamento em 2019 chegou a 300 milhões de reais.

O isolamento social cortou em 60% o faturamento em 2020 e 2021.

Agora, com um trabalho de reestruturação do negócios feito nos últimos dois anos, a projeção é de 275 milhões de reais em receitas para 2022.

No ano que vem, a depender do resultado com o Torcida Nº1 e de novos projetos a serem anunciados nos próximos meses, a expectativa é superar em 30% os resultados pré-pandemia.

No lado do Grupo PHD, o momento também é de expansão.

Atualmente, os sócios representam 15 negócios em sua gestão, envolvendo os pilares e experiências de alta gastronomia, entretenimento e lifestyle.

“Até o final de 2022, estimamos aumentar para 18 as casas sob gerenciamento”, diz Bordon. “Esperamos um faturamento de 100 milhões de reais.”

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Fonte exame
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