Diesel sobe 1,79% nos postos do Brasil na 2ª semana de agosto, diz ValeCard

O preço médio do diesel S-10, mais comercializado do Brasil, subiu 1,79% nos postos do país na segunda semana de agosto ante a anterior

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O preço médio do diesel S-10, mais comercializado do Brasil, subiu 1,79% nos postos do país na segunda semana de agosto ante a anterior, enquanto os da gasolina subiram levemente e os do etanol recuaram, apontou nesta segunda-feira levantamento da ValeCard, especializada em soluções de gestão de frotas.

O diesel S-10 registrou uma média de 5,337 o litro entre 7 e 13 de agosto, ante a semana anterior (31 de julho e 6 de agosto), segundo o estudo, feito com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil.

A alta acontece em momento em que o mercado aponta restrições nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos, diante de impactos da estratégia comercial da Petrobras, que tem mantido preços abaixo dos praticados no mercado internacional, segundo representantes do mercado de combustíveis.

O movimento da petroleira estaria desestimulando a importação por terceiros, segundo representantes do mercado ouvidos pela Reuters. O Brasil importa cerca de um quarto do necessário para atender à demanda.

A Fecombustíveis, federação que representa cerca de 40 mil postos de combustíveis no país, reiterou nesta segunda-feira em nota que não há desabastecimento de diesel e gasolina no país, e sim uma restrição de produtos.

A federação ressaltou ainda que, com a alta da cotação do petróleo no mercado internacional, as refinarias da Petrobras passaram a comercializar combustíveis por custos menores no mercado interno, o que pode afetar as importações e as refinarias privadas do país.

A Fecombustíveis destacou ainda que, com a diferença de valores entre os combustíveis adquiridos no mercado externo e os comercializados pelas refinarias da Petrobras, a janela da importação pode fechar em determinados períodos, eventualmente causando diminuição de produto disponível no país.

Além disso, a federação pontuou que parte do abastecimento é suprido por refinarias privadas, que seguem os preços do mercado internacional, como a Mataripe (BA) e Clara Camarão (RN), na região Nordeste, e a Ream no Amazonas, o que eleva os preços do suprimento dos combustíveis em determinados locais do país.

O preço do litro da gasolina, por sua vez, subiu apenas 0,14% na semana passada ante a anterior, para 5,699 reais por litro, segundo a ValeCard.

Já o etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, recuou 0,63% nos postos de combustíveis na semana passada ante a anterior, para média de 3,730 reais por litro.

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Fonte dinheirama
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