Conselho do GPA aprova cisão da rede Assaí, novos executivos do Itaú, leilão de ativos móveis da Oi e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta segunda-feira (14)

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SÃO PAULO – Em destaque no noticiário corporativo, a Oi realiza nesta segunda o leilão de sua rede móvel, o conselho do GPA aprovou a proposta de reorganização para segregar a controlada Assaí, o banco Itaú anunciou na sexta novos nomes de executivos e outras notícias ganham destaque:

Oi (OIBR3;OIBR4),Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro

A Oi realiza nesta segunda o leilão de sua rede móvel. A preferência da compra é do consórcio entre Vivo, TIM e Claro, que fizeram uma proposta firme de R$ 16,5 bilhões.

Outra candidata é a Highline do Brasil, que chegou a apresentar uma proposta formal cujo valor exato não foi revelado.

Com a potencial divisão da Oi Móvel, o setor deve se reconfigurar da seguinte maneira: Vivo vai de 33% para 37% em participação no mercado; TIM, de 23% para 32%; e Claro, de 26% para 29%.

A expectativa é que a TIM fique com a maior fatia da Oi Móvel como parte de uma estratégia do grupo para obter menor resistência do ponto de vista regulatório e concorrencial. “Na divisão, a tendência é que o operador com menor participação de mercado em cada região fique com os ativos da Oi naquele pedaço”, diz Ari Lopes, da Omdia.

Leia também: Afinal, a Oi vai se recuperar? Veja por que os leilões e a fibra óptica podem redimir a operadora

Os números da partilha desenhada pelo consórcio ainda não foram revelados, mas a expectativa do mercado é que essa definição leve em conta dois elementos. Um deles é a carteira de clientes das operadoras em cada região – segmentadas pelos DDDs. A predominância de uma tele frente às outras poderia afetar a concorrência e ser motivo de contrariedade dentro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Outro ponto que pesará na partilha é a quantidade de frequência de cada tele. Frequência é uma espécie de “rodovia no ar”, por onde trafegam os sinais de internet. Quanto mais frequência cada operadora tem, maior sua capacidade de cobertura e maior a qualidade do serviço.

Cogna (COGN3)

A Cogna estima que o desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) recorrente neste ano vá a R$ 1 bilhão, com geração de caixa operacional pós-investimentos (capex) alcançando R$ 230 milhões de reais, de acordo com fato relevante desta segunda-feira.

Para 2024, o Ebitda recorrente deve aumentar para R$ 2,4 bilhões, com geração de caixa operacional pós-capex de R$ 1 bilhão. A Cogna realiza nesta segunda-feira evento com analistas e investidores, previsto para começar às 15h.

Pão de Açúcar (PCAR3)

O conselho do GPA aprovou a proposta de reorganização para segregar a controlada Assaí, braço de atacarejo da empresa. A segregação será submetida a assembleia geral extraordinária no dia 31 de dezembro.

Itaú Unibanco (ITUB4)

Semanas após o anúncio de que Milton Maluhy Filho será o novo presidente do Itaú Unibanco a partir de fevereiro, o banco anunciou na sexta novos nomes de executivos.

Deixam de existir as diretorias gerais de varejo e atacado, ocupadas por Márcio Schettini e Caio Ibrahim David, que faziam parte do comitê executivo e afirmaram que vão deixar o banco após terem sido preteridos para o cargo de CEO, com a escolha da Maluhy.

Alexsandro Broedel será o diretor financeiro do banco, responsável pelas áreas de finanças e relações com investidores, ativos imobiliários, bem como pelas áreas de patrimônio, compras e ativos.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras acertou a venda de sua participação de 50% no campo Rabo Branco, por US$ 1,5 milhão, localizado na Bacia de Sergipe-Alagoas, em Sergipe, à Energizzi Energias do Brasil. Os outros 50% de participação são operados pela Petrom.

A produção média de petróleo do campo foi de 138 barris por dia, entre janeiro e outubro de 2020. A Petrobras afirma que a operação faz parte de sua estratégia de otimização de portfólio. A operação ainda precisa ser aprovada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Vale (VALE3)

Em análise sobre a Vale, o Bradesco BBI manteve avaliação de outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora, elevando o preço-alvo de US$ 18 para US$ 21, o que configura um potencial de valorização de 15% frente o fechamento da véspera.

Os analistas destacaram esperar um déficit de cerca de 80 milhões de toneladas no mercado global de minério de ferro em 2021, impulsionado pela forte demanda chinesa, com alta de 4%, além de recuperação na Ásia e na Europa e performance abaixo do ideal no campo da oferta.

O banco acredita que um potencial acordo sobre Brumadinho, aumento na segurança em represas de rejeitos e medidas de governança social e ambiental podem levar a uma reavaliação dos papéis da empresa.

O banco espera dividend yield (valor do dividendo/preço da ação) de 10% em 2021, chegando a US$ 8 bilhões (sendo US$ 6 bilhões de dividendo mínimo mais US$ 2 bilhões de dividendo extraordinário), frente 6% de Rio Tinto, 6% de BHP, 4% de Anglo e 4% de Glencore.

O Bradesco afirma que a Vale é sua top pick na América Latina, com um desconto de 35% em comparação com empresas do tipo na Austrália, o que avalia como “não merecido”.

Contudo, já no noticiário macro sobre a companhia, os futuros do minério de ferro caíram nesta segunda-feira, com o contrato de referência recuando de níveis acima de 1.000 iuanes tocados na semana passada, quando os preços foram apoiados por forte interesse especulativo no material usado na fabricação do aço. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian DCIOcv1, para entrega em maio, encerrou em queda de 3,2%, a 966 iuanes (US$ 146,67) por tonelada. Na bolsa de Cingapura, o contrato mais ativo SZZFF1, para janeiro, caía 3,7%, para US$ 152 por tonelada.

Produtores de aço na China têm aumento a pressão por investigações regulatórias sobre a disparada dos preços e medidas contra eventuais irregularidades.

Telefônica Brasil (VIVT3)

A Telefônica Brasil aprovou dividendos intermediários de R$ 1,2 bilhão.

Gafisa (GFSA3) e Even (EVEN3)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra do Hotel Fasano Itaim pela Gafisa. O empreendimento pertencia à Taperebá, controlada pela Even, e o acordo foi anunciado no início de novembro.

O valor da transação é de R$ 310 milhões, envolvendo os imóveis que compõem o Hotel Fasano Itaim: um restaurante e 32 estúdios. O hotel está localizado num bairro nobre de São Paulo.

A Gafisa destacou que ainda restam algumas condições que devem ser cumpridas para fechar o negócio. A incorporadora aponta que a aquisição é mais um passo na estruturação de sua nova unidade de negócios, que administra imóveis para renda.

IMC (MEAL3)

A IMC, subsidiária integral da IMCMV, acertou empréstimo de US$ 35 milhões nos Estados Unidos, junto ao City National Bank of Florida. A contratação foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração. O empréstimo terá prazo de cinco anos.

Segundo a empresa, o empréstimo substitui e alonga todas as outras dívidas que possuía nos Estados Unidos, que somavam, ao fim do terceiro trimestre de 2020, US$ 20,6 milhões.

Locaweb (LWSA3)

A Locaweb anunciou a aquisição da Ideris, a maior plataforma de integração de e-commerce do Brasil, por R$ 18,3 milhões. Na avaliação do Itaú BBA, a aquisição é um passo estratégico para consolidar a Locaweb como um ecossistema de soluções de e-commerce para empresas pequenas e médias.

O banco mantém avaliação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado) para a Locaweb, com preço-alvo de R$ 73 em 2021, frente os R$ 63,70 atuais.

Lojas Americanas (LAME4) e B2W (BTOW3)

Em análise sobre o setor de varejo, o Bradesco BBI afirma que há espaço para crescimento das Lojas Americanas, apesar de avaliar que a entrega não foi tão competitiva quanto a concorrência em 2020, no que diz respeito ao preço. A base de clientes cresceu significativamente, de 8 milhões para 46 milhões, afirma o Bradesco, bem à frente do plano anunciado em 2019, de chegar à marca de 46 milhões em 2022.

O banco diz que o crescimento foi impulsionado pelas compras a distância durante a pandemia. Em comparação, Magazine Luiza fechou o terceiro trimestre com 29 milhões de clientes ativos, Mercado Livre, com 35 milhões.

O Bradesco também comentou o plano de investimento de R$ 5 bilhões entre 2020 e 2022, da B2W, com guidance de crescimento acima daquela da concorrência. O banco estima que isso signifique uma taxa de crescimento composta de cerca de 50% em 3 anos. Mas o banco tem dúvidas sobre quando e como o B2W poderia gerar fluxos de caixa positivos, com margens maiores.

O banco mantém avaliação neutra (expectativa de valorização dentro da média do mercado) para a B2W (BTOW3), com preço-alvo de R$ 120 em 2021, frente os R$ 78,60 atuais. E mantém a avaliação das Lojas Americanas como outperform, com preço-alvo de R$ 41, frente R$ 23,61 atuais.

Engie Brasil (EGIE3)

O Credit Suisse acompanhou o dia do investidor da Engie na sexta (11). O banco afirma que a gestão está focada em perspectivas de crescimento para a empresa, buscando renovar o portfólio de energia renovável.

A empresa pretende acelerar o projetos de energia limpa, à medida que o governo pretende reduzir os benefícios existentes para renováveis. Além disso, a gestão afirmou que está ajustando seu projeto Pampa, que deve ser retomado em 2021.

O banco avalia que a empresa possui uma boa alocação de capital, dividendos “decentes”, espaço para crescer nos setores de gás e energia renovável, e potencial de valorização. O Credit Suisse mantém avaliação de outperform, com preço-alvo de R$ 51,9, frente os R$ 44,91 atuais.

Duratex (DTEX3)

O Credit Suisse iniciou a cobertura da Duratex. O banco afirma que espera que a empresa se beneficie de um ciclo de crescimento na construção pelos próximos anos no Brasil, impulsionado por juros baixos, aumento da confiança do consumidor e poucas unidades residenciais à disposição.

O banco diz esperar que isso impulsione uma taxa anual de crescimento composta do Ebitda de 11% entre 2020 e 2025, e vê espaço para fusões e aquisições. O banco possui preço-alvo de R$ 22 para os ativos, um potencial de valorização de cerca de 20% em relação ao fechamento de R$ 18,36 de sexta-feira.

Randon (RAPT4)

Na sexta (11), após o fechamento de mercado, a DRAMD, holging usada pela família Randon para controlar a Randon, e a companhia de private equity Gávea Investimentos, anunciaram uma troca de ativos envolvendo participações minoritárias em Randon e Fras-le.

A DRAMD transferiu 14.132.209 ações RAPT4 da Randon para a Gávea. As duas empresas encerraram o acordo para controlar a Fras-le. Assim, a Fras-le fica livre para vender sua participação de 3,8% na Fras-le, e a participação de 4,1% na Randon.

O Bradesco BBI mantém avaliação de outperform para a Randon, com preço-alvo de R$ 16, frente os R$ 15,71 de fechamento de sexta.

CCR (CCRO3)

A CCR informou que, na semana de 4 de dezembro, suas estradas com pedágio tiveram tráfego 1% menor do que no mesmo período do ano anterior, e de 2% frente a semana imediatamente anterior.

O tráfego de passageiros em mobilidade urbana teve queda de 48% na comparação anual, e de 1% frente a semana imediatamente anterior. Nas concessões de aeroportos, houve queda de 55% no tráfego e de 0,7% frente a semana imediatamente anterior.

O banco mantém avaliação em outperform, com preço-alvo de R$ 17, frente os R$ 13,68 atuais.

Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3)

O Bradesco BBI destacou em relatório o cenário para a fusão entre Localiza e Unidas, anunciada em 23 de setembro. O banco diz que um dos cenários em discussão é de que o Cade exija a venda da marca da Unidas e de alguns ativos para aprovar o negócio.

Na opinião do banco, mesmo se esse cenário for confirmado, ambas as empresas devem seguir com o acordo. O Bradesco também afirma que, com a entrada de fabricantes de veículos no setor, há maior probabilidade de que o Cade aprova o negócio, sem restrições.

O banco elevou suas estimativas sobre as sinergias com a fusão, de R$ 5 bilhões para R$ 20 bilhões, devido a amortizações de goodwill (potencial de ganhos com o negócio para as empresas), descontos adicionais com a compra de novos carros, reduções em despesas gerais, de vendas e de aquisições.

O banco elevou o preço-alvo da Localiza em 29%, para R$ 90, frente os R$ 63,70 atuais, e em 30% da Unidas para R$ 39.

(Com informações da Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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