Como a startup Novidá ajudou a Bauducco a aumentar a produtividade do seu centro de distribuição
Aplicando inteligência artificial e internet das coisas, a Novidá foi essencial para otimizar o trabalho com empilhadeiras no Centro de Distribuição da companhia em Extrema, Minas Gerais
A Bauducco está em processo de transformação digital. Para esse processo ganhar velocidade, tem contado com o apoio de startups no caminho. O movimento não é de hoje. Em 2019, lançou o B.Lab, primeiro programa de aceleração de startups da empresa. Neste ano, começa a colher alguns dos resultados. É o caso da parceria com a startup Novidá, hrtech que usa inteligência artificial e internet das coisas para aumentar a eficiência dos seus clientes.
A startup foi responsável por ajudar a Bauducco a aumentar a produtividade do Centro de Distribuição localizado em Extrema, Minas Gerais. Iniciada em julho do ano passado, a parceria foi essencial para otimizar o trabalho com empilhadeiras dentro do local. O processo fez com que a Bauducco conseguisse diminuir o número de maquinários de 21 para 17, além de reduzir o custo de manutenção do equipamento e aumentar a produtividade dos funcionários.
Os resultados da parceria foram divulgados com exclusividade para a PEGN. Eduardo Teixeira, diretor de Logística da Bauducco, conta que a associação teve início ainda em 2019, quando a Novidá foi uma das finalistas do programa de aceleração. A startup se destacou ao propor uma solução voltada para a operação logística da companhia. A ideia era monitorar em tempo real o uso dos equipamentos e o trabalho dos operadores. “A solução se baseia em usar sensores que nos ajudam a descobrir as melhores rotas, o tempo de trabalho que cada funcionário leva e a melhor maneira de otimizar tudo isso para reduzir custos”, diz o executivo.
Segundo Fábio Rodrigues, CEO da Novidá, a operação foi estruturada a partir de alguns aparelhos com internet própria, instalados nas empilhadeiras, e um chip instalado no crachá dos operadores. “É uma implementação fácil, porque são aparelhos com conexão própria, ligados a um software que mostra quem está operando qual empilhadeira”, diz o empreendedor.
O executivo Eduardo Teixeira conta que um dos grandes desafios foi aprender a lidar com os dados gerados a partir do uso da tecnologia. “A parte complicada foi analisar as informações”, diz. Foram meses até entender e trabalhar em conjunto com a Novidá a melhor forma de usar os dados. “Foi preciso entender como os operadores mais eficientes trabalhavam, criar treinamentos com base nisso e gerar um guia de boas práticas”, diz. Para Rodrigues, a startup também passou por um processo de evolução. “Foi interessante ver que precisávamos estruturar essas informações de forma mais produtiva.”
A interação positiva entre as duas empresas gerou novas possibilidades. A ideia é que a solução da Novidá seja aplicada em mais áreas da Bauducco, como no Centro de Distribuição de Guarulhos, em São Paulo, e também na operação de limpeza da companhia. “Em uma empresa de alimentos, a limpeza é um fator crítico. Estamos estudando uma forma de aplicar a tecnologia nesse departamento e trazer mais eficiência”, diz Teixeira. O objetivo é que as duas novas operações tenham início ainda neste ano.