China: ETFs atraem bilhões enquanto investidores esperam por liquidação de ativos

Questão é se a regulamentação mais branda de internet no País e das restrições pela covid-19, juntamente com estímulos, continuarão impulsionando mercado

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As ações de empresas na China tiveram em junho o seu melhor desempenho em um ano e meio, um dos poucos alívio do mercado global acionário que contabiliza baixas. O que se pergunta no momento é se a regulamentação mais branda de internet no País e das restrições pela covid-19, juntamente com os estímulos do governo, vão continuar impulsionando o mercado acionário chinês.

O índice iShares MSCI China ETF ganhou 7,8% em junho, enquanto o KraneShares CSI China Internet ETF, compreendendo principalmente ações de software e serviços, saltou 12%, em contraste com a perda de 8,4% do S&P 500. Os dois maiores fundos negociados em bolsa da China administram, cada um, mais de US$ 8 bilhões em ativos, respondendo por mais da metade dos US$ 31 bilhões desses fundos, segundo a Refinitiv Lipper. Ambos atraíram mais de US$ 1 bilhão em ingressos em junho.

As ações chinesas bateram o fundo do poço em meados de março depois de perder cerca de metade de seu valor em uma queda de um ano. A baixa estaria atrelada a uma campanha de repressão regulatória, fuga de ativos para ações das bolsas americanas e medidas de bloqueio da covid-19, ingredientes que levaram a uma aversão ao risco. Com os temores dos investidores amenizados por um discurso favorável ao mercado do vice-primeiro-ministro Liu He, conhecido como o czar econômico da China, as ações se recuperaram.

De acordo com Brendan Ahern, diretor de investimentos da KraneShares, o apetite por fundos negociados em bolsa reflete uma mudança na atitude dos investidores em relação à China. “O sentimento em relação à China tem sido tão baixo”, disse Ahern. “Os investidores estrangeiros estão começando a retificar suas subponderações anteriores em ações chinesas.”

O último cenário de melhoria das condições para as ações da China surgiu na frente comercial. Em uma ligação na segunda-feira passada, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e o vice-primeiro ministro chinês Liu discutiram tarifas sobre produtos chineses em meio a expectativas de que o presidente Biden possa reverter algumas dessas tarifas instituídas pelo governo Trump.

As ações chinesas podem não ser avessas ao risco. Contudo, as ações de internet da China foram quase duas vezes mais voláteis que o S&P 500 em 2021, de acordo com Todd Sohn, estrategista técnico e ETF da Strategas Securities.

“É difícil ver a China como uma estratégia de ‘comprar e manter’ com seu perfil de volatilidade. Eu hesitaria em recomendar a um grande investidor”, disse Sohn. “É uma das poucas áreas do mundo que está facilitando (a política). Descobriremos em breve se este cenário piorará. Você precisa de muita força mental para estar nessas áreas”.

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Fonte infomoney
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