Bancos elevam previsão de alta do PIB para até 2,5% em 2022

Instituições também preveem uma queda na taxa de desemprego até o fim do ano, antes de uma reversão em 2023

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Bradesco e BNP Paribas revisaram suas projeções para o crescimento econômico do Brasil neste ano. O Bradesco elevou de 1,8% para 2,3% a sua estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) e o BNP, de 1,5% para 2,5%. Relatórios das duas instituições apontam que a mudança reflete surpresas positivas para a atividade doméstica, mercado de trabalho e mais estímulos fiscais.

“O saque extraordinário do FGTS entre maio e junho e o mercado de trabalho aquecido devem ter impulsionado o aumento do consumo das famílias no período”, diz relatório do Bradesco. “Já as medidas aprovadas recentemente pelo Congresso Nacional, como o incremento do Auxílio Brasil e subsídios tributários, deverão sustentar uma variação ainda positiva no terceiro trimestre, adiando a desaceleração que esperávamos anteriormente”.

Diante do desempenho melhor que o esperado da economia e das surpresas recorrentes com o mercado de trabalho, o Bradesco prevê queda da taxa de desemprego para 8,0% no fim do ano.

O relatório do BNP menciona o crescimento rápido do mercado de trabalho, com a geração de mais de 1,3 milhão de postos formais no ano até junho, e a taxa de desemprego. “Dito isto, os salários reais permanecem mais baixos do que os 2020, o que sugere que não há pressão no mercado de mão de obra. Esperamos ver mais melhorias antes de uma reversão em 2023”, afirma o relatório assinado por Laiz Carvalho (economista de Brasil) e Gustavo Arruda (diretor de pesquisa para América Latina).

Cenário mundial

O BNP diz também que o cenário mundial, como a inflação elevada, a alta nos juros e o baixo crescimento, que serão as principais características da economia global por algum tempo, continuará a impactar o Brasil.

“Enquanto o crescimento global e a alta os preços das commodities beneficiaram a economia do Brasil neste ano, acreditamos que esses dois fatores fornecerão menos ajuda no futuro”, afirma o relatório. O documento afirma que os preços das commodities devem permanecer elevados em relação ao níveis pré-pandemia, mas provavelmente terão espaço limitado para subir muito mais.

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Fonte infomoney
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