Ação do IRB cai após salto de 25% da véspera; Vale sobe mais de 3% e Via Varejo avança com oferta de ações

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (4)

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SÃO PAULO – Após passar por bastante volatilidade durante o dia, o Ibovespa se fixou em campo positivo na reta final do pregão, com os investidores monitorando os dados de emprego nos EUA e o programa de estímulos na Europa.

Petrobras (PETR3, R$ 22,16, +0,45%; PETR4, R$ 21,43, -0,19%) viu suas ações em alta após um início em queda, enquanto a Vale (VALE3, R$ 55,66, +3,73%), após operar próxima à estabilidade no início da sessão, ganhou força e subiu. O minério de ferro cai após analistas alertarem que ganhos devem ser revertidos com aumento dos embarques no 2º semestre.

O petróleo iniciou o dia em queda do maior nível em três meses com divergências na Opep+ e dados de estoque mostrando dúvidas sobre a recuperação da demanda americana, uma vez que vieram acima do esperado. Contudo, a commodity foi amenizando a baixa durante a sessão e opera próxima à estabilidade.

A Arábia Saudita e a Rússia, dois dos maiores produtores de petróleo do mundo, concordaram em apoiar até julho os cortes de produção de 9,7 milhões de barris por dia (bpd) acordados em abril pelo grupo OPEC+, que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros grandes produtores. Mas eles não concordaram em realizar uma reunião da Opep+ nesta quinta-feira, com fontes da Opep ouvidas pela Reuters dizendo que isso seria condicionado ao aprofundamento de cortes por países que não cumpriram suas metas até agora.

Ainda em destaque, o IRB (IRBR3, R$ 10,45, -2,79%) virou para queda. Os ativos abriram com ganhos de até 9%, após subirem 25% na véspera, sem motivo aparente. Os papéis seguem com o pior desempenho do Ibovespa, recuando mais de 70% em 2020.

Atenção ainda para a Via Varejo (VVAR3, R$ 13,95, +3,49%), que avançou em meio ao anúncio de oferta de ações que pode levar a uma captação de até R$ 4 bilhões.

Confira os destaques:

Via Varejo (VVAR3, R$ 13,95, +3,49%)

A Via Varejo vai fazer uma oferta de ações (follow on) de no mínimo 220 milhões papéis, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CMV). Este valor poderá ser acrescido em mais 35%, o que equivale a cerca de 77 milhões de ações. Com a oferta subsequente de ações (follow-on), a empresa pode captar de R$ 2,96 bilhões até R$ 4 bilhões, levando em conta a cotação de R$ 13,48 das ações de fechamento da última quarta-feira.

Segundo a companhia, os recursos serão destinados para investimentos em tecnologia e logística, além da otimização da estrutura de capital, incluindo reforço de capital de giro.

A oferta se dará com esforços restritos, ou seja, limitada a um determinado número de investimentos. A operação é coordenada pelo Bradesco BBI, BTG Pactual, BB Banco de Investimento, Bank of America Merrill Lynch, Santander Brasil, Safra e XP Investimentos.

Fras-Le (FRAS3, R$ 5,11, +4,93%)

A fabricante de autopeças Fras-Le divulgou, na quarta-feira à noite, que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,3 milhão no primeiro trimestre do ano, menor que os R$ 2,5 milhões dos primeiros três meses de 2019.

Na mesma base de comparação, a receita líquida cresceu 5,9%, para R$ 341,8 milhões. Já o Ebitda avançou 31,5%, para R$ 38,1%. Por sua vez, a margem Ebitda ficou em 11,2%, uma melhora de 2,2 pontos percentuais na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Usiminas (USIM5, R$ 6,88, -0,29%)

E a siderúrgica Usiminas divulgou fato relevante para anunciar a atualização de sua previsão de despesas financeiras líquidas. A expectativa é que essa despesa some R$ 292 milhões em 2020.

JBS (JBSS3, R$ 21,41, +3,93%)

A JBS respondeu, sobre a ação civil pública movida nesta quarta-feira, 3, pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS), que não comenta processos judiciais em andamento. “A companhia reitera que tem como objetivo prioritário a saúde de seus colaboradores e ressalta que desde o início dessa pandemia tem adotado um rígido protocolo de prevenção contra a Covid-19 na sua unidade de Caxias Sul (RS) e em todas as suas plantas no Brasil, conforme as orientações dos órgãos de saúde e do Hospital Albert Einstein, além de especialistas médicos contratados pela companhia para apoiar na implantação rigorosa de medidas para a proteção de seus colaboradores”, disse em nota.

O MPT-RS ingressou com uma ação civil pública contra a JBS Aves Ltda., na qual recomenda a “paralisação das atividades” da unidade de Caxias do Sul (RS), de abate de suínos, por causa de crescentes casos de coronavírus entre funcionários do frigorífico, além de irregularidades na unidade que facilitam a propagação do vírus.

Entre as ações adotadas, a JBS destaca: afastamento de pessoas que fazem parte do grupo de risco como maiores de 60 anos, gestantes e todos os que tiveram recomendação médica; ampliação da frota de transporte; desinfecção diária das unidades; medição de temperatura de todos antes do acesso às fábricas; vacinação contra gripe H1N1 para 100% dos colaboradores; ações de distanciamento social; comunicação de prevenção e cuidados.

Petrobras (PETR3, R$ 22,16, +0,45%; PETR4, R$ 21,43, -0,19%)

A Petrobras informou que vai reajustar em 5% o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) vendido pela companhia às distribuidoras a partir desta quinta. Com isso, o preço médio da Petrobras será equivalente a R$ 24,08 por botijão de 13 quilos (kg). No acumulado do ano, a redução é de 13,4%, ou R$ 3,72 por botijão de gás de cozinha de 13 kg.

A Petrobras esclarece que igualou desde novembro de 2019, os preços do gás liquefeito de petróleo para os segmentos residencial e industrial/comercial e que o GLP é vendido pela Petrobras a granel. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final.

BR Malls (BRML3, R$ 10,97, -2,32%) e B2W (BTOW3, R$ 86,03, -1,51%)

A BR Malls vai integrar as lojas de seus shoppings ao “marketplace” (plataforma que comercializa produtos de diferentes vendedores) da B2W, segundo comunicado enviado à CVM.

A parceria é uma das medidas para mitigar os efeitos do distanciamento social impostos pela pandemia do coronavírus.

A expectativa é disponibilizar no marketplace produtos de mais de 6 mil lojas que poderão enviar seus produtos aos clientes, com as opções “ship from store” (entrega no mesmo dia) e o “click and collect” (para retirada no shopping).

“Vemos o anúncio como positivo para a companhia, cuja rede de lojistas poderá se beneficiar da tendência crescente do consumo online, além de estar alinhado com a estratégia de integrar os diferentes canais”, avalia a XP Investimentos.

A BR Malls também comunicou a abertura de mais quatro de seus shoppings. São eles: Amazonas Shopping, em Manaus (AM); Shopping Piracicaba, em Piracicaba (SP); Shopping Vila Velha, em Vila Velha (ES); e Shopping Estação Cuiabá, em Cuiabá (MT). Todos operam em horário reduzido.

Nas semanas anteriores, a companhia já tinha anunciado a retomada das operações, também em horário reduzido, de outros seis centros comerciais.

B3 (B3SA3, R$ 49,58, +1,56%)

A B3 informou que passará a atribuir risco de perda possível de R$ 1,3 bilhão aos processos da incorporação de ações da Bovespa Holding S.A. em suas demonstrações financeiras. A empresa disse ainda que decisão não implicará em provisionamento contábil dos valores dos autos de infração. Ela ainda apontou que já opôs embargos de declaração à sentença.

A B3 alegava que as chances de perder essa disputa eram remotas e, por isso, não considerava esses dados em suas demonstrações financeiras. O entendimento mudou após diversas multas aplicadas pela Receita em torno da forma que a empresa contabilizou o ágio dessa operação.

“A B3 passará a atribuir risco de perda possível aos referidos processos em suas demonstrações financeiras”, explicou a empresa, mas reforçando que isso não implicará em provisão contábil dos valores da multa.

CSN (CSNA3, R$ 10,49, -1,04%)

A CSN tem perspectiva alterada de estável a negativa pela Moody’s. O rating B2 em escala global foi reiterado pela Moody’s, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira.

A alteração reflete expectativa de que o risco de refinanciamento da empresa continue elevado nos próximos 12 a 18 meses, apesar dos esforços recentes para rolar os vencimentos da dívida de 2020, disse a Moody’s.

As métricas de crédito da companhia também devem continuar fracas em 2020 como consequência da queda acentuada da demanda por aço no Brasil, disse a agência.

A Moody’s cita a rápida e crescente disseminação do coronavírus, a deterioração da perspectiva econômica global, a queda nos preços do petróleo e o declínio no preço dos ativos como razões
para o choque de crédito em muitos setores, inclusive o siderúrgico.

Sabesp (SBSP3, R$ 53,60, -2,26%)

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que prorrogou até o dia 31 de julho a isenção do pagamento das contas de água e esgoto dos consumidores de baixa renda (categorias “residencial social” e “residencial favela”). Também foi prorrogada para a mesma data a aplicação do índice de reajuste da companhia.

Na avaliação do Credit Suisse, a notícia deve ter impacto neutro no papel. “O regulador mencionou que estes atrasos devem ser compensados no período de agosto de 2020 a maio de 2021 e que um futuro reequilíbrio pode ser analisado.”

Ecorodovias (ECOR3, R$ 13,57, -4,23%)

A Ecorodovias atualizou o balanço das operações de suas concessões. As medidas de distanciamento social impostas pela pandemia do novo coronavírus fizeram a circulação de veículos cair 21,2% entre os dias 16 de março e 2 de junho de 2020 ma comparação com igual período do ano passado.

A maior queda foi registrada na concessão Ecoponte, com declínio de 44,6% na circulação de veículos leves e pesados. Já na Ecopistas, o recuo foi de 44% e, na Ecovias, 25,5%.

IMC (MEAL3, R$ 4,01, +0,50%)

A International Meal Company, dona das redes Viena e Frango Assado, comunicou à CVM que contratou o BTG Pactual como seu assessor financeiro para uma possível captação de recursos.

No entanto, a companhia informou que não dá decisão sobre a realização da operação ou mesmo sobre a estrutura ou qualquer compromisso com um potencial investidor.

Frigoríficos

As ações dos frigoríficos tiveram queda significativa ontem, com JBS (-5,5%), seguida de BRF (-3%) e Marfrig (-2%) e têm recuperação nesta quinta. Os papeis foram pressionados pela apreciação do real frente ao dólar e, especificamente no caso de JBS, pela notícia que a Pilgrim’s Pride, subsidiária americana do grupo brasileiro, teria sido acusada de cartel nos EUA.

As ações da Pilgrim’s Pride caíram 12% ontem após seu CEO, Jayson Penn, ter sido indiciado pelo Departamento de Justiça americano, sob acusação de formação de cartel junto com um grupo de executivos da indústria de carne frango, segundo o Wall Street Journal. A empresa afirmou em comentário oficial que está cooperando com as autoridades nas investigações e é comprometida com altos padrões éticos, de governança e livre competição no mercado.

“Além disso, destaque para a notícia de que China teria novamente cancelado alguns embarques de produtos agropecuários dos EUA, inclusive de porcos, em meio à escalada das tensões comerciais entre os dois países. Como a maior parte da produção americana de proteína é voltada para o mercado doméstico, a notícia tem um impacto limitado, mas ainda assim eleva preocupações sobre o risco de sobre-oferta, sobretudo de suínos, no país”, avalia a XP.

RD (RADL3, R$ 111,80, -0,15%)

O Itaú BBA atualizou suas projeções para as ações da RaiaDrogasil. A recomendação foi mantida em “market perform”, mas o preço-alvo foi reduzido de R$ 130 para R$ 116.

Os analistas veem a empresa bem posicionada para buscar maior crescimento, reforçando que abriu mais lojas a cada trimestre em 2019 que todos os competidores juntos, e consolidação de mercado. “No entanto, com os preços atuais, acreditamos que a maior parte dessas altas já estão precificadas”, disseram em relatório a clientes.

Sobre a pandemia do coronavírus, os analistas do Itaú BBA destacaram que a RaiaDrogasil possui caixa, uma das razões para estar bem posicionada para suportar a crises e até mesmo obter ganhos de participação no mercado. No entanto, a empresa está exposta caso a crise tenha uma longa duração.

Centauro (CNTO3, R$ 31,50, -3,46%)

Será definido nesta quinta-feira os valores da oferta primária de ações (follow on) da Centauro. Ao todo, foram oferecidos 25 milhões de papéis ordinários e a quantidade pode ser acrescida em até 35%, a depender da demanda.

A oferta ocorre pouco mais de um ano após a varejista de roupas esportivas realizar a sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Os novos papéis devem começar a ser negociados em 8 de junho.

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

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Fonte infomoney
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