Ação da GOL já voou demais este ano, aponta Goldman Sachs; recomendação é cortada
Apenas em 2023, os papéis da companhia aérea brasileira já subiram aproximadamente 60%, e os da Azul quase 90%
O Goldman Sachs cortou a recomendação de compra para as ações da GOL (GOLL4) após uma forte valorização dos papéis da companhia no ano, que chega a 60%, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (10) à noite.
“Estamos rebaixando o Gol para neutro após o recente desempenho superior das ações das companhias aéreas brasileiras e estamos nos tornando mais seletivos em nossa cobertura, preferindo balanços e posicionamento competitivo mais fortes”, escreveram os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins.
Eles citam como empresas mais preparadas neste momento a panamenha Copa e a mexicana Volaris.
Cenário brasileiro
O preço-alvo para a GOL foi elevado de R$ 12,10 para R$ 13,50. Já para a Azul subiu de R$ 19,50 para R$ 22,40. A recomendação para a Azul também é neutra.
“O número de passageiros transportados no Brasil atualmente roda em níveis semelhantes ao que se via antes da pandemia. No entanto, olhando separadamente entre a demanda doméstica e internacional, notamos que a recuperação da demanda doméstica foi mais rápida do que a internacional (a demanda doméstica voltou aos números de 2019 em maio/2023, enquanto a internacional ainda segue abaixo dos níveis pré-pandemia)”, observam os analistas.
Segundo eles, do ponto de vista da rentabilidade, as duas companhias aéreas brasileiras devem se beneficiar do cenário de redução de preços do querosene de aviação e aumento de margens, no atual cenário de mercado racional no país, ao repassar apenas parcialmente através de custos mais baixos para as tarifas.