Rumo ao 3º mandato, presidente da China defende combate à Covid, desenvolvimento de qualidade e controle sobre Taiwan

Com 69 anos, Xi Jinping deve se consolidar como o governante mais poderoso da China desde Mao Tse Tung

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O presidente chinês, Xi Jinping, abriu neste domingo (16) a cerimônia do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista, que acontece a cada cinco anos e que deve reconduzi-lo ao seu terceiro mandato, citando “os resultados positivos” do país no combate à Covid-19, em linha com um desenvolvimento econômico de alta qualidade.

O líder chinês, porém, não falou sobre até quando o país seguirá com a política de “Covid zero”, o que vem fechando grandes cidades e áreas industriais, prejudicando a atividade econômica e os preços de commodities.

Isso já gerou uma série de revisões, por parte do mercado, das projeções de crescimento para o gigante país asiático. Para Jinping, os controles contra Covid ajudaram o país a retornar rapidamente ao crescimento.

Com 69 anos, ele deve se consolidar como o governante mais poderoso da China desde Mao Tse Tung, ao ser reconduzido para mais cinco anos, após uma primeira década no poder.

China quer crescimento de qualidade

Conforme a agência Xinhua, a China buscará novos paradigmas de desenvolvimento em prol do crescimento de alta qualidade, disse Xi Jinping. “Para construir um país socialista moderno em todos os aspectos, devemos, em primeiro lugar, buscar o desenvolvimento de alta qualidade”, afirmou Xi.

“Devemos levar a cabo o novo conceito de desenvolvimento de forma completa, precisa e integral e, ao mesmo tempo, persistir na direção de reforma da economia de mercado socialista e na abertura ao exterior de alto nível, acelerando a estruturação de um novo paradigma de desenvolvimento de ‘dupla circulação’, sob o qual os mercados nacional e estrangeiro se reforçam entre si, tendo o mercado doméstico como pilar”, acrescentou.

Xi Jinping afirmou que os próximos cinco anos serão cruciais para o começo da construção integral de um país socialista moderno.

Segundo o plano do Partido, de 2020 até 2035, ocorrerá a modernização socialista; e a partir de 2035 até meados deste século, a China se tornará um grande país socialista moderno, “que é próspero, poderoso, democrático, culturalmente avançado, harmonioso e belo”.

Taiwan

Sobre Taiwan, constante motivo de tensões geopolíticas, Xi Jinping, afirmou, segundo a Reuters, que a China nunca renunciará ao direito de usar a força, mas lutará por uma solução pacífica.

Em agosto, a temperatura se elevou com a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. Essa foi a primeira vez em 25 anos que uma autoridade americana desembarcou em Taiwan.

Quando Jinping reafirmou sua oposição à independência de Taiwan, foi o momento de maiores aplausos dos cerca de 2,3 mil delegados de todo país, reunidos no Grande Salão do Povo, próximo à Praça da Paz Celestial.

Para ele, cabe ao povo chinês resolver a questão, mas Taiwan vem afirmando que não vai recuar em sua soberania ou comprometer a liberdade e a democracia.

O líder acrescentou que a China sempre “respeitou, cuidou e beneficiou” o povo de Taiwan e está comprometida em promover intercâmbios econômicos e culturais em todo o Estreito de Taiwan.

“Nós insistimos em lutar pela perspectiva de uma reunificação pacífica com a maior sinceridade e os melhores esforços, mas nunca prometeremos desistir do uso da força e reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias”, afirmou.

Essa opção visa a “interferência” por forças externas e um “número muito pequeno” de apoiadores da independência de Taiwan, em vez da grande maioria do povo taiwanês, disse Xi, conforme a Reuters.

O discurso de Xi Jinping neste domingo somou menos de duas horas, diferentemente do realizado em 2017, que durou quase três horas e meia.

(Com agências internacionais)

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Fonte infomoney
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