Forças israelenses se reúnem perto de Rafah, mesmo após aviso de Biden

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Cairo/Rafah/Wahington (Reuters) – As forças israelenses concentraram tanques e abriram fogo perto de áreas construídas de Rafah nesta quinta-feira (9), disseram moradores, isso após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometer reter armas de Israel se suas forças lançarem uma grande invasão na cidade do sul de Gaza.

Enquanto as negociações de cessar-fogo continuavam no Cairo, os grupos militantes palestinos Hamas e Jihad Islâmica disseram que seus combatentes atacaram as forças israelenses na periferia leste de Rafah, disparando foguetes antitanque e morteiros contra as posições israelenses.

Moradores e médicos em Rafah, a única grande área urbana de Gaza ainda não invadida pelas forças terrestres israelenses, disseram que o disparo de um tanque israelense matou três pessoas e feriu outras perto de uma mesquita no bairro oriental.

Na zona leste da cidade, moradores disseram que um helicóptero abriu fogo, enquanto drones pairavam sobre casas em diversas áreas, alguns perto dos telhados.

Israel diz que militantes do Hamas estão escondidos em Rafah, onde centenas de milhares de palestinos procuraram refúgio depois de fugirem de combates em outras partes de Gaza, e precisa eliminá-los para sua própria segurança.

O diretor da CIA, William Burns, de volta à capital egípcia após negociações em Jerusalém, retomou as reuniões na quinta-feira com mediadores que tentam garantir um cessar-fogo, disseram duas fontes de segurança egípcias.

Biden, que afirma que Israel não produziu um plano convincente para proteger os civis em Rafah, emitiu o seu alerta mais severo contra uma invasão terrestre total.

“Deixei claro que se eles entrarem em Rafah… não fornecerei as armas”, disse Biden à CNN em entrevista na quarta-feira (8).

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Tanques israelenses tomaram o lado de Gaza na passagem de fronteira de Rafah com o Egito na terça-feira, cortando uma rota vital de ajuda e forçando 80 mil pessoas a fugir da cidade esta semana, segundo as Nações Unidas.

“O custo destas famílias é insuportável. Nenhum lugar é seguro”, disse a agência da ONU para refugiados palestinos em um post no X.

Uma declaração militar israelense sobre as operações em Gaza, na manhã de quinta-feira, não se referiu a Rafah.

Os Estados Unidos são, de longe, o maior fornecedor de armas para Israel e aceleraram as entregas após os ataques do Hamas em 7 de outubro, que desencadearam a ofensiva de Israel em Gaza. Biden reconheceu que as bombas dos EUA mataram civis palestinos na ofensiva de sete meses.

Autoridades norte-americanas disseram que Washington suspendeu a entrega de um carregamento de 1.800 bombas de 2.000 libras e 1.700 bombas de 500 libras para Israel por causa do risco para os civis em Gaza.

O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, disse na quinta-feira que a decisão dos EUA de suspender algumas entregas de armas a Israel prejudicará significativamente a capacidade do país de neutralizar o poder do Hamas, segundo a rádio pública israelense.

Israel manteve os ataques aéreos e com tanques na Faixa de Gaza na quinta-feira. Os tanques avançaram no bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza, no norte, forçando centenas de famílias a fugir, segundo os moradores. Os militares israelenses disseram que estavam protegendo Zeitoun, começando com uma série de ataques aéreos baseados em inteligência em aproximadamente 25 “alvos terroristas”.

Deir Al-Balah, na região central de Gaza, estava repleta de milhares de pessoas que haviam fugido de Rafah nos últimos dias. Médicos palestinos disseram que duas pessoas, incluindo uma mulher, foram mortas quando um drone disparou um míssil contra um grupo de pessoas no local.

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Fonte infomoney
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