Coronavírus ‘não chegou’ às Américas, diz entidade da OMS

Organização Pan-Americana de Saúde afirma que caso nos EUA está isolado e não houve transmissão entre pessoas no país

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O sub-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o brasileiro Jarbas Barbosa, afirmou a VEJA que a nova mutação do coronavírus surgida na China em 31 de dezembro  ainda “não chegou” ao continente americano até o final da tarde desta quarta-feira, 22. A Opas é uma entidade associada à Organização Mundial da Saúde (OMS), e sediada em Washington, nos Estados Unidos.

“[Nas Américas,] há apenas um caso oficialmente reportado até o momento, nos Estados Unidos. Mas não há registro de transmissão do coronavírus na região”, afirmou Barbosa em entrevista a VEJA. “O novo coronavírus não chegou no país porque há apenas um ‘caso importado’, concluiu, referindo-se ao fato de o paciente ter sido contaminado fora do país.

O governo dos Estados Unidos anunciou na terça-feira 21 que um homem — que havia retornado no dia 15 de janeiro de uma viagem da cidade chinesa de Wuhan, onde o surto teve início — foi isolado por apresentar sintomas associados ao novo coronavírus, o 2019-nCoV. Ele está em tratamento.

A transmissão do novo coronavírus entre pessoas ainda ocorre apenas na cidade de Wuhan, segundo Barbosa. O coronavírus, de fato, não se transmite “tão rapidamente comparado ao vírus Influenza, causador da gripe ou ao do sarampo”. Mas estamos avaliando a cada dia”, disse o subdiretor da OPAS.

Alguns países das Américas, como México, investigam suspeitas de pessoas que estariam contaminadas com o novo coronavírus, mas ainda não confirmaram novos casos. No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que um suposto paciente em Belo Horizonte não está contaminado com o coronavírus.

Barbosa informou que nem todos os países do continente tem condições técnicas para identificar pacientes contaminados com o novo coronavírus em questão de horas. Se algum caso suspeito é reportado em uma dessas nações, uma amostra do sangue do paciente “é enviada para um de dois laboratórios em Winnipeg, no Canadá, e em Atlanta, nos Estados Unidos, que cooperam com a OPAS”, afirma Barbosa.

“Cada país deve estar preparado [para identificar e isolar paciente contaminados com o coronavírus] para evitar a disseminação do vírus”, ressalvou.

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