Comitê parlamentar de Israel estudará pedido de imunidade de Netanyahu
Um comitê do Parlamento israelense examinará o pedido de imunidade do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por decisão parlamentar adotada nesta segunda-feira, como pediam os rivais do político, que é acusado de corrupção em três casos e candidato nas eleições legislativas de março.
A oposição alega que o pedido de imunidade de Netanyahu, apresentado no início de janeiro, seja examinado antes das eleições legislativas de 2 de março, o que poderia acelerar os procedimentos legais contra o primeiro-ministro.
O consultor jurídico do Parlamento, Eyal Yinon, apoiou o pedido da oposição no domingo.
O principal rival do primeiro-ministro, Benny Gantz (centro), pedia a criação de um comitê com deputados de todos os lados, o único com o poder de convocar outro comitê que avaliasse a solicitação de imunidade.
Este comitê de solução aprovou nesta segunda-feira, após um debate agitado, por 16 votos contra um – o do deputado do Likud (à direita), a formação de Netanyahu – que este segundo comitê fosse lançado.
Ainda não se sabe quando ele vai se reunir. Se não recomendar imunidade, o pedido de Netanyahu será rejeitado. Mas, se não se opuser a ela, os deputados poderão se reunir para decidir a respeito.
Uma eventual rejeição do pedido de Netanyahu poderia acelerar os casos abertos contra ele, acusado de “corrupção”, “peculato” e “abuso de confiança” em três casos, com o risco de o julgamento coincidir com a campanha eleitoral.
Não tendo a maioria do apoio, Netanyahu estava aguardando a realização de eleições na esperança de conseguir deputados suficientes para obter imunidade.