Especialista em linguagem corporal analisa Flordelis em entrevista após morte de ex-marido

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O Câmera Record deste domingo, 30/08,  analisa e conta os bastidores de uma entrevista exclusiva com a deputada federal Flodelis dos Santos Souza, 59 anos, realizada por Domingos Meirelles apenas 11 dias após o assassinato do pastor Anderson do Carmo, e exibida pelo programa em junho do ano passado. Frente a frente com o jornalista durante mais de três horas, a deputada fala sobre o crime que mudou a vida dela e da família para sempre.

Naquela ocasião, Domingos Meirelles chegou a questionar: “Uma linha de investigação da polícia diz que esse crime pode ser resolvido dentro de casa. O que a senhora acha dessa versão?”. Ela, então, respondeu: “Ninguém pode afirmar isso. Ninguém pode afirmar nada até agora”.

Atrás das câmeras, filhos e assessores da deputada federal tentavam evitar algumas das 117 perguntas elaboradas pela equipe do Câmera Record. “Tudo pode ter acontecido naquele dia. Eu só quero que (os culpados) sejam encontrados e quero que sejam punidos. Eu quero que seja feita justiça pelo o que aconteceu com o meu marido”, afirmou Flordelis.

Um ano e dois meses depois, as declarações ganham um novo sentido. Muitas provas ajudaram a construir uma versão bem diferente daquela narrada por Flordelis. “A gente não tem dúvida nenhuma de que esse crime ocorreu por conta de uma ordem dela. Ela é a pessoa responsável, é a cabeça desse crime”, afirma o delegado Allan Duarte, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI). Nesta semana, cinco filhos e uma neta de Flordelis foram presos em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Dois filhos já estavam presos desde o ano passado. A deputada não foi presa porque tem imunidade parlamentar.

“O que foi determinante para a gente chegar na autoria dela, como mandante, foram as apreensões. O conteúdo extraído desses aparelhos celulares. Porque, a partir daí, a gente começou uma série de perguntas para testemunhas”, explica o delegado.

A equipe mergulhou novamente no material gravado no ano passado. Além de descrever a madrugada do crime, Flordelis falou da vida familiar. Explicou como funcionava a convivência com os 55 filhos – três biológicos e 51 adotivos (nem todos de maneira legal). “Nós éramos felizes. Existiam conflitos como qualquer pai normal tem com seus filhos. Tem que ter limite dentro de uma casa. Tem que ter regras, tem que ter limites”, afirmou.

Ela também relembrou o começo do romance com o pastor, quando Anderson tinha apenas 14 anos. “Ele sempre foi uma pessoa muito madura”, disse. Flordelis negou a hipótese de que ele teria um envolvimento com uma das filhas adotivas.

Todas essas declarações foram analisadas por um especialista em linguagem corporal, a pedido da equipe do Câmera Record. Um momento específico chamou a atenção. “Comportamento muito incoerente. Segundo os protocolos de estudos, a gente pode dizer que ela está com atitudes dissimuladas”, afirma Vitor Santos.

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Fonte tnh1
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