Moraes prorroga inquérito das milícias digitais por 90 dias
Investigação sobre organização criminosa digital voltada para desestabilizar a democracia foi estendida por mais 3 meses
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), prorrogou por mais 90 dias o inquérito que apura a organização de milícias digitais antidemocráticas. O despacho foi assinado em 5 de janeiro.
Eis a íntegra do despacho (88 KB).
O inquérito das milícias digitais antidemocráticas foi aberto em julho por decisão do ministro Alexandre de Moraes. A investigação mira os núcleos de produção, publicação, financiamento e políticos “absolutamente semelhantes àqueles identificados” no inquérito que apura ameaças, ataques e fake news contra o STF, que também está sob relatoria de Moraes.
Na decisão que abriu o inquérito, o ministro afirmou que as investigações “apontaram fortes indícios da existência de uma organização criminosa voltada a promover diversas condutas para desestabilizar e, por que não, destruir os Poderes Legislativo e Judiciário a partir de uma insana lógica de prevalência absoluta de um único poder nas decisões do Estado”.
Em outubro, a PF apresentou um relatório da investigação a Moraes que aponta a presença do assessor especial da presidência, Filipe Martins, em depoimento de 2 empresários no 7 de Setembro.
Depois da oitiva, uma advogada pediu aos agentes que não registrassem a presença de Martins, alegando inicialmente que ele seria seu namorado.
A PF, porém, descobriu que se tratava de um assessor da presidência e registrou o episódio no relatório. Segundo os agentes, Martins não interferiu no andamento dos trabalhos, mas acompanhou o depoimento.