Gilmar diz que respeita Forças Armadas, mas é contra ‘ocupar’ Saúde com militares

Ministro se manifestou no Twitter Suavizou fala após nota da Defesa

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes disse, por meio de sua conta no Twitter, respeitar as Forças Armadas, mas que o Ministério da Saúde não deveria ser ocupado por militares.

Quem está à frente da pasta atualmente é Eduardo Pazuello, general. O secretário-executivo, Élcio Franco, é coronel.

No sábado (12.jul.2020), Gilmar Mendes disse que o Exército estava se associando a 1 “genocídio” na pandemia. Ele se referia ao número de mortos no Brasil pelo coronavírus.

A manifestação do juiz do Supremo teve resposta do Ministério da Defesa. A pasta publicou nota afirmando que “as Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronavírus, por meio da Operação Covid-19. Desde o início da pandemia, vem atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros”.

O tuíte de Gilmar vem depois dessa nota. O ministro do STF escreveu:

“No aniversário do projeto que leva o nome de Rondon, grande brasileiro notabilizado pela defesa dos povos indígenas, registro meu absoluto respeito e admiração pelas Forças Armadas Brasileiras e a sua fidelidade aos principios democráticos da Carta de 88.”

Em tom mais brando, manteve sua crítica à presença de militares na Saúde:

“Não me furto, porém, a criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares. A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais. Que isso seja revisto, para o bem das FAs e da saúde do Brasil”.

O governo de Jair Bolsonaro recorre à caserna para recrutar parte de seus ministros. Atualmente, são 11 os chefes de ministérios com passagem pela carreira militar. O mais recente é Milton Ribeiro, nomeado para a Educação na 6ª feira (10.jul.2020).

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