Vacinação contra COVID-19 dá certo e derruba contágio em Israel
No combate ao novo coronavírus (SARS-CoV-2), Israel é um dos principais países a adotar uma estratégia de ampla vacinação e, dessa forma, espera a retomada significativas das atividades já em fevereiro. Segundo o Ministério da Saúde local, o país já administrou pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19, desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech, a mais de 2,5 milhões de pessoas em sua população com cerca de nove milhões de habitantes. Já a segunda dose foi aplicada em mais de um milhão de israelenses.
Segundo análise da Maccabi Healthcare Services, de um grupo de 128,6 mil pessoas que receberam as duas doses da vacina da Pfizer contra a COVID-19 — o que representa uma imunização completa —, apenas 20 foram contaminadas pelo coronavírus. Em porcentagem, esse total representa 0,01% de contaminações. Mesmo em pequeno número, esses pacientes apresentaram um quadro leve da doença, de acordo com dados preliminares do país.
Nesses pacientes com o resultado positivo para a COVID-19, 50% deles já possuíam alguma doença crônica, o que potencializa o risco da infecção, mas nenhum deles foi hospitalizado. No entanto, é importante ressaltar que o serviço de saúde israelense não testou todos os pacientes que receberam as duas doses da vacina contra a COVID-19.
Segundo a informações divulgadas, foram testados apenas pacientes que desenvolveram sintomas ou que foram expostos a alguém já diagnosticado com a COVID-19. Em comunicado, o serviço de saúde também ressaltou que esses dados são “preliminares”, mas “os números são muito encorajadores”.
Vacinação contra a COVID-19 em Israel
Em Israel, desde o dia 18 de janeiro, as hospitalizações em decorrência da COVID-19 já começavam a declinar de forma significativa. Neste período, os imunizados tinham recebido apenas a primeira dose da vacina da Pfizer. Após dois dias das primeiras aplicações da segunda dose (23 de janeiro), foi registrada uma queda de 60% nas hospitalizações entre pessoas com mais de 60 anos, segundo levantamento que monitorava mais 50 mil pacientes.
“Estes dados são muito importantes”, afirmou Galia Rahav, diretora de doenças infecciosas no maior hospital de Israel, o Sheba Medical Center, a um jornal local. “Tem um impacto porque em meio a altas taxas de infecção e a disseminação de variantes do vírus, é difícil ver em números gerais como a vacinação está influenciando as coisas”, pontua a diretora. No entanto, outras questões podem contribuir com essa situação, como uma maior aceitação das medidas de distanciamento social.
Segundo o mesmo levantamento, até o dia 13, os vacinados com mais de 60 anos tinham taxas de infecção semelhantes às da população geral com mais de 60 anos. A partir do dia 23 (com a segunda dose das vacinas), eram registradas 18 novos casos da COVID-19 por dia entre os 50 mil pacientes acompanhados, mas apenas seis entre os imunizados.
Desde domingo (24), Israel começou a imunizar jovens de 16 a 18 anos — com permissão dos pais — com a vacina da Pfizer, ampliando ainda mais o acesso à vacina contra a COVID-19. Anteriormente, as doses foram limitadas para alguns grupos específicos, como idosos e outras categorias de alto risco.