Trump assina lei que pede sanções a autoridades chinesas após mudança na legislação de Hong Kong
Tratamento especial dado à ex-colônia britânica também será encerrado, diz presidente
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira, 14, uma nova lei que pede sanções a autoridades e entidades chinesas envolvidas na aplicação de uma nova legislação de segurança nacional implantada em Hong Kong. Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o republicano também informou que assinou um decreto para que o tratamento especial que Washington concedia à ex-colônia britânica seja encerrado. “Hong Kong será tratado da mesma forma que a China continental”, disse.
A medida que prevê as sanções foi aprovada por unanimidade no senado dos EUA em 2 de julho, depois de ter sido avaliada na Câmara dos Representantes. O projeto é uma resposta à decisão de Pequim, que vai impor a Hong Kong uma lei que criminaliza atividades secessionistas, subversivas e terroristas, bem como atos de conluio com forças estrangeiras.
“Suas liberdades foram tiradas, seus direitos foram tirados”, disse Trump na coletiva, em referência à população de Hong Kong. Em meio a crescentes tensões entre os dois países, o republicano também voltou a dizer que a China precisa ser responsabilizada por “ocultar informações” sobre a covid-19. Além disso, o líder da Casa Branca declarou que convenceu muitos países a não usar tecnologias da Huawei. “É um grande risco de segurança”, afirmou Hoje, o governo do Reino Unido decidiu impedir que empresas de telecomunicações comprem novos equipamentos 5G fabricados pela companhia chinesa.
Crítica
O presidente norte-americano aproveitou a oportunidade para criticar o ex-vice-vice presidente Joe Biden, seu adversário na disputa pela presidência do país nas eleições de novembro. Biden deverá representar o Partido Democrata. “Joe Biden apoiou a entrada da China na Organização Mundial do Comércio”, afirmou, após dizer que nenhum outro país tirou mais vantagem dos EUA do que a China.
* Com Estadão Conteúdo