Secretário-geral da ONU condena protestos violentos contra a entidade no Congo
Pelo menos 15 pessoas foram mortas, sendo 12 civis e três membros das forças de paz
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres condenou veementemente, nesta terça-feira (26), a violência contra a entidade na República Democrática do Congo que matou três membros das forças de paz. No confronto, 12 civis foram mortos.
“Ele ressalta que qualquer ataque dirigido contra as forças de paz das Nações Unidas pode constituir um crime de guerra e pede às autoridades congolesas que investiguem esses incidentes e levem rapidamente os responsáveis à justiça”, disse o porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, em comunicado.
Guterres também disse que as Nações Unidas trabalharão com as autoridades congolesas para investigar as mortes de manifestantes.
Os protestos foram provocados por queixas de que a missão da ONU, conhecida como Monusco, fracassou em proteger os civis contra a violência de milícias que há anos afeta o país.
As manifestações começaram na segunda-feira (25) na cidade de Goma e se espalharam hoje para Butembo, onde um soldado e dois policiais da ONU foram baleados e mortos, afirmou Haq.
Em ambas as cidades, as tropas de paz da ONU foram acusadas de retaliar com o uso de força enquanto centenas de manifestantes atiraram pedras e coquetéis molotov, vandalizando e ateando fogo a prédios da entidade.