Ron DeSantis desiste de candidatura para disputar eleições presidenciais nos EUA
Desistência ocorre após desempenho decepcionante nas prévias do partido Republicano, em Iowa
O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou neste domingo, 21, a desistência de sua candidatura à Casa Branca.
O anúncio ocorre quase uma semana após o seu desempenho decepcionante nas prévias do partido Republicano, em Iowa. DeSantis ficou 30 pontos percentuais atrás do ex-presidente Donald Trump.
Entrevista com especialista
O último episódio do podcast “O Caminho para a Casa Branca”, uma coprodução entre EXAME e Gass Capital, já havia mostrado a dificuldade que o governador teria em se manter minimamente competitivo na disputa dentro do partido.
DeSantis já havia desistido de fazer campanha nas primárias de New Hampshire, que acontecem na terça-feira, 23. Segundo Mauricio Moura, professor da George Washington University e sócio do fundo Zaftra, da Gauss Capital, esse movimento do governador da Flórida ja representava praticamente sair da disputa.
“Porque provavelmente ele vai ficar em terceiro em New Hampshire e aí vai ter que ter, obviamente, resultados excepcionais, no caucus de Nevada e depois na primária na Carolina do Sul. Só para vocês terem uma ideia, a gente estava olhando a agenda do DeSantis, ele gastou mais tempo na Carolina do Sul essa semana do que em New Hampshire. Então a campanha dele está tendo que tomar decisões muito difíceis”, disse durante a gravação do episódio.
Por lá, outra pré-candidata, a ex governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, aposta em um tudo ou nada para bater Trump — ou ao menos perder com uma diferença de votos que permita à sua campanha construir um momentum positivo nos preparativos para as próximas primárias do partido (em fevereiro haverá votações em Nevada e Carolina do Sul).
Na avaliação de Moura, as chances em New Hampshire — antes do endosso de DeSantis ao bilionário — eram de 65% de vitória de Trump e 35% para Haley.
Caso Haley perca com uma diferença muito acachapante na próxima semana é possível antever que Trump ficará cada vez mais hegemônico.
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Confira o podcast completo: