Procurador-geral da Rússia bloqueia 2 meios de comunicação por cobertura da Ucrânia

Procurador-geral acusou dois veículos independentes de divulgar o que chamou de "informações sabidamente falsas sobre as ações de militares russos"

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O procurador-geral russo bloqueou o acesso a dois meios de comunicação independentes, Echo of Moscow e TV Rain, por causa de supostas violações em reportagens sobre a invasão da Ucrânia.

Em um comunicado, o procurador-geral acusou os dois veículos de divulgar o que chamou de “informações sabidamente falsas sobre as ações de militares russos, como parte de uma operação especial para proteger a República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk”.

Ele também diz que o Echo of Moscow e a TV Rain estão postando informações que, segundo ele, pedem “extremismo, violência contra cidadãos da Federação Russa, violações em massa da ordem pública e segurança pública”.

As autoridades da Rússia proíbem manifestações sem autorização e podem considerar a transmissão ou divulgação de informações específicas sobre manifestações não autorizadas como organização de protestos ilegais.

No sábado (26), o regulador russo de comunicações, Roskomnadzor, alertou 10 meios de comunicação locais que restringiria o acesso às suas publicações, a menos que parassem de espalhar o que chama de informações falsas, incluindo referências à operação militar na Ucrânia como um “ataque, invasão ou declaração de guerra”.

Em cartas enviadas a esses meios de comunicação, o regulador disse que se queixou de supostas “informações falsas” que publicaram sobre o bombardeio de cidades ucranianas e a morte de civis causada pelas forças armadas russas.

Os veículos notificados foram: Echo of Moscow, InoSMI, Mediazona, New Times, TV Rain, Svobodnaya Pressa, Krym.Realii, Novaya Gazeta, Zhurnalist e Lenizdat. O editor do Novaya Gazeta, Dmitry Muratov, ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2021. Alguns desses veículos foram designados pelas autoridades russas como agentes estrangeiros.

“A menos que as informações imprecisas acima sejam removidas, o acesso a essas fontes será restrito”, disse em comunicado no sábado, anunciando uma investigação sobre os meios de comunicação.

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Fonte cnnbrasil
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