Pentágono anula acordo de US$ 10 bi do governo Trump com a Microsoft e coloca Amazon de volta na disputa
Empresas disputaram em 2019 projeto de computação em nuvem do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos cancelou nesta terça-feira (6) seu projeto de computação em nuvem conhecido como Infraestrutura de Defesa Corporativa Conjunta (Jedi, na sigla em inglês), avaliado em US$ 10 bilhões, que havia sido firmado com a Microsoft durante a gestão de Donald Trump.
A decisão dá início a uma nova concorrência e coloca a Amazon Web Services (AWS) de volta na disputa – as duas empresas brigam pelo contrato desde 2019 e caso chegou a ser levado à Justiça.
Inicialmente, o Pentágono disse que Amazon e Microsoft seriam as únicas empresas capazes de atender as exigências do departamento, porém em uma coletiva de imprensa observou que fará contato com outros provedores de computação em nuvem nos próximos três meses caso também atendam os padrões do governo.
Agora cancelado, o contrato Jedi estava orçado em até US$ 10 bilhões e era parte de uma modernização digital mais abrangente do Pentágono que visa torná-lo mais ágil tecnologicamente.
Um objetivo do Jedi é oferecer aos militares melhor acesso aos dados e à nuvem a partir de zonas de guerra e outros locais remotos.
“Ainda não temos uma estimativa, mas eu não me ateria à cifra de US$ 10 bilhões”, disse John Sherman, principal autoridade de informação do Departamento de Defesa.
A Amazon, que era vista como a principal candidata a ganhar o contrato, entrou com um processo em novembro de 2019 depois que o contrato foi concedido à Microsoft.
Trump criticou a empresa e ridicularizou publicamente o então chefe da Amazon, Jeff Bezos, que também é dono do jornal “Washington Post”.
As ações da Microsoft caíram um pouco mais de 1% após a notícia, e as ações da Amazon subiram mais de 3%.