Pentágono agiliza uso da Guarda Nacional quase um ano após ataque ao Capitólio
Quase um ano depois do ataque mortal ao Capitólio, sede do Congresso americano, o Pentágono informou nesta quinta-feira (30) que vai agilizar o processo com o qual se aprova e ativa o uso das forças da Guarda Nacional em Washington.
O Pentágono foi criticado por sua lenta resposta ao ataque de 6 de janeiro ao Congresso, praticado por apoiadores do então presidente Donald Trump, que deixou cinco mortos e dezenas de feridos.
Os oficiais militares demoraram mais de três horas para enviar a Guarda Nacional ao Congresso, assediado por vândalos diante de uma série de requisitos burocráticos.
O Secretário da Defesa será, a partir de agora, “a autoridade de aprovação única para todas as solicitações” referentes ao uso emergencial do pessoal da Guarda Nacional do Distrito de Columbia, em Washington, destacou o Pentágono.
“Ao esclarecer e aperfeiçoar o processo de solicitação (…), o Departamento poderá responder às solicitações de forma eficiente, rápida e eficaz”, explicou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em um comunicado.
A capital americana, separada dos estados fronteiriços de Maryland e Virgínia e não um estado por direito próprio, tem um status especial que impede funcionários locais de enviarem forças militares, policiais ou da Guarda Nacional ao Capitólio, um prédio federal.
Quando a polícia era superada pelos vândalos, foi pedida ajuda a funcionários do Pentágono, que disseram depois que foram relutantes a enviar reservistas uniformizados e armados ao Congresso temendo exacerbar as tensões.
Centenas de reservistas da Guarda Nacional enviados a Washington no verão passado, em meio aos grandes protestos contra o racismo, foram criticados pela violência adotada contra os manifestantes.