Manifestantes antiguerra são espancados pela polícia na Rússia
Pelo menos 5.020 pessoas foram detidas na Rússia no domingo (6) por causa de protestos contra em todo o país
Manifestantes antiguerra em São Petersburgo, na Rússia, foram espancados violentamente pela polícia neste domingo (6), mostram vídeos postados nas redes sociais. A CNN geolocalizou e verificou a autenticidade dos vídeos.
Nas imagens, manifestantes são vistos andando pela Avenida Nevsky, no centro de São Petersburgo. Do lado de fora da Catedral de Kazan, um conflito entre manifestantes e policiais foi registrado em dois dos vídeos.
Um dos vídeos, que foi postado nas redes sociais, mostra um policial tentando deter um indivíduo na rua. Quando um manifestante se aproxima para tentar se envolver na situação, outro policial aparece e o joga no chão.
Outro vídeo, publicado pela agência de notícias russa SOTA Vision, mostra a polícia tentando deter uma mulher que estava no chão.
Em ambas as imagens, mais manifestantes se aproximam e envolvem a polícia. Gritos são ouvidos. O vídeo publicado pela SOTA Vision mostra a polícia socando o homem jogado no chão.
No vídeo postado nas mídias sociais, policiais estão detendo a mulher no chão, enquanto também retêm os manifestantes. Então, um carro da polícia aparece.
“Não à guerra”, gritam os manifestantes repetidamente.
A CNN entrou em contato com a polícia de São Petersburgo para perguntar sobre a natureza das prisões, mas não recebeu uma resposta imediata.
No domingo, o Ministério de Assuntos Internos da Rússia disse à agência de notícias estatal russa TASS que cerca de 1.500 pessoas “participaram de uma manifestação descoordenada” em São Petersburgo no domingo e cerca de 750 foram detidas.
Pelo menos 5.020 pessoas foram detidas na Rússia no domingo por causa dos protestos contra a guerra em todo o país, segundo o OVD-Info, um grupo independente de monitoramento de direitos humanos que acompanha detenções.
Os últimos protestos da Rússia com um número semelhante de prisões foram em janeiro de 2021, quando milhares exigiram a libertação do crítico do Kremlin, Alexei Navalny, depois que ele foi preso ao retornar da Alemanha, onde estava se recuperando de um envenenamento.
Mais de 13 mil pessoas foram presas na Rússia por causa de manifestações contra a guerra desde a invasão, calculou o grupo.