Itália perde 81 milhões de turistas em meio à pandemia do coronavírus
País foi um dos mais afetados e teve que impor rígidas medidas de isolamento da população desde o começo de março, algumas ainda em vigor
A Itália registrou, desde março, 81 milhões de turistas a menos, na comparação com o mesmo período do ano passado, como consequência da pandemia do novo coronavírus.
Isso representa uma perda de 20 bilhões de euros (cerca de R$ 125 bilhões) para os setores de hotelaria, restaurantes, transportes e compras.
A estimativa é da Coldiretti, a maior associação de empresários agrícolas da Itália, em um relatório que aponta que as medidas de contenção decretadas pelo governo italiano em março para conter a disseminação do coronavírus penalizaram bastante o turismo, que representa o 13% do PIB (produto interno bruto), em uma época do ano particularmente frutífera devido à Páscoa e aos fins de semana prolongados, como o de 1º de maio.
A Coldiretti comemora que o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, afirmou neste domingo (10) que a Itália não terá quarentena durante o verão e que seus cidadãos poderão ir à praia, às montanhas e apreciar a beleza das cidades, com algumas precauções.
Conte também enfatizou que o governo continua monitorando de perto a curva de contágio, que permanece em tendência de queda.
A Itália iniciou a reabertura em 4 de maio, com a retomada de atividades como manufatura ou construção, e a partir de 18 de maio, museus e lojas poderão voltar a funcionar. Em 1º de junho, será a vez de bares, restaurantes e salões de cabeleireiros.