Canadá denuncia ‘crimes de guerra’ em Bucha e anuncia novas sanções

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A ministra canadense das Relações Exteriores, Mélanie Joly, denunciou nesta segunda-feira (4) “crimes de guerra” na Ucrânia, após a descoberta de diversos corpos com roupas de civis em Bucha, uma cidade próxima da capital Kiev, e alertou que o Canadá irá impor novas sanções à Rússia.

a descoberta gerou indignação no exterior, incluindo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que exigiu um “julgamento por crimes de guerra”.

“O que aconteceu durante o fim de semana é completamente escandaloso, injustificável e chocante”, declarou a ministra Joly durante uma coletiva de imprensa realizada em meio a uma visita oficial à Finlândia.

“Trata-se claramente de crimes de guerra contra a humanidade”, acrescentou a chanceler, que acusou os soldados russos pelos atos de violência.

Logo após a coletiva de imprensa, Joly também denunciou no Twitter “as atrocidades cometidas pelas forças russas contra civis inocentes em Bucha e em toda a Ucrânia”.

Segundo a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, os cadáveres de 410 civis foram encontrados em Bucha e em outros territórios da região de Kiev, recentemente retomada pelas forças ucranianas.

Moscou, no entanto, rejeitou as acusações de ter assassinado civis em Bucha. O Kremlin e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, citaram “falsificações” e montagens para a imprensa.

Assim como a ONU e vários países ocidentais, o Canadá exige uma investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre os ataques em Bucha e outros locais na Ucrânia.

O TPI, com sede em Haia, investiga desde 3 de março as acusações sobre crimes de guerra na Ucrânia.

Novas sanções contra a Rússia também foram debatidas nesta segunda-feira pela União Europeia, principalmente por França e Alemanha.

“Haverá mais sanções por parte do Canadá contra entidades e pessoas russas e bielorrussas”, avisou Mélanie Joly. “Serão anunciadas em breve”, completou a chanceler, que pediu para que o G7 “faça mais”.

Estas medidas têm como alvo nove indivíduos russos e nove bielorrussos, que atuam como “colaboradores próximos” dos dois regimes, segundo um comunicado.
Desde o início da invasão da Ucrânia, no final de fevereiro, o Canadá sancionou 700 pessoas e entidades russas, da Ucrânia e de Belarus.
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