Bolsonaro deve se reunir com Trump na Flórida no sábado, dizem fontes
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro deve ter um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na residência de verão do líder norte-americano, no sábado, durante visita à Flórida, disseram à Reuters quatro fontes que acompanham a organização da viagem.
Os dois governos tentarão finalizar os detalhes do provável encontro entre os presidentes em uma reunião ainda nesta quinta-feira no Palácio do Planalto entre representantes do governo brasileiro e da embaixada dos EUA. Os detalhes ainda precisam ser fechados, mas o encontro deve acontecer em Mar-a-Lago, o condomínio de luxo em Palm Beach que pertence a Trump.
Bolsonaro antecipou sua viagem aos Estados Unidos para sábado de manhã na expectativa do encontro com Trump, e chegou a confirmá-lo diretamente para uma das fontes ouvidas pela Reuters, a quem disse que “foi chamado” pelo presidente norte-americano.
Na semana passada, o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que um encontro entre Bolsonaro e Trump era “quase certo”, afirmando que ambos são amigos e que Trump tinha boas expectativas para uma reunião bilateral.
O governo brasileiro, no entanto, mantém o possível encontro sob sigilo. A negociação com o governo dos EUA inclui a possibilidade de ser uma reunião totalmente fechada, sem falas públicas ou acesso da imprensa.
Bolsonaro decola para Miami na manhã de sábado e deve encontrar Trump à tarde no mesmo dia. O presidente brasileiro ainda cumpre uma agenda extensa nos três dias seguintes, que incluem um seminário com investidores, encontros com a comunidade brasileira, uma visita à fábrica da Embraer em Jacksonville, no norte da Flórida, e uma reunião com o almirante Craig Faller, chefe do Comando Militar do Sul dos Estados Unidos.
No programa provisório da visita, divulgada nesta quarta-feira pelo Palácio da Planalto, o encontro com Trump ainda não estava ainda incluído. A agenda oficial de Bolsonaro começa na manhã de domingo, com uma visita ao Comando Militar do Sul.
Perguntado sobre o possível encontro entre os presidentes, o Itamaraty disse que não iria comentar.