Biden pede desculpas a Zelensky por atraso do Congresso em ajuda dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu-se com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Paris, nesta sexta-feira (7), e pediu desculpas pelo atraso do Congresso na aprovação do mais recente pacote de ajuda dos EUA e anunciou uma nova parcela de US$ 225 milhões à margem dos eventos do Dia D.
A reunião foi o primeiro encontro presencial desde que Zelensky visitou Washington em dezembro, quando os dois pressionaram os republicanos a superar a oposição em seu partido a um maior apoio à Ucrânia.
Eles se encontrarão novamente na próxima semana em uma cúpula do G-7, na Itália, enquanto as nações ricas do Ocidente discutem o uso de ativos russos congelados após a invasão da Ucrânia para fornecer US$ 50 bilhões para a Ucrânia.
Zelensky disse à Reuters no mês passado que os países ocidentais estão demorando muito para tomar decisões sobre ajuda.
“Você não se curvou, não cedeu de forma alguma, continua a lutar de uma forma que é … simplesmente notável”, disse Biden ao líder ucraniano no início de sua reunião na sexta-feira. “Nós não vamos nos afastar de você.”
Biden pediu desculpas a Zelensky pelos atrasos antes da aprovação do último pacote de ajuda dos EUA no Congresso, em abril. Ele confirmou que estava assinando uma parcela adicional de US$ 225 milhões na sexta-feira para ajudar a Ucrânia a reconstruir sua rede elétrica.
“Peço desculpas por … essas semanas sem saber” o que vai acontecer em termos de financiamento, disse Biden. “Alguns de nossos membros muito conservadores (do Congresso) estavam atrasando o processo. Mas finalmente conseguimos.”
“Ainda estamos dentro, completamente, totalmente”, declarou Biden.
Zelensky agradeceu a Biden pelo apoio militar, financeiro e humanitário dos EUA.
“É muito importante que você fique conosco. Esse apoio bipartidário com o Congresso, é muito importante que nessa unidade, Estados Unidos da América, todo o povo americano fique com a Ucrânia, como foi durante a Segunda Guerra Mundial, como os Estados Unidos ajudaram a salvar vidas humanas, a salvar a Europa”, disse ele em inglês.