Banco Mundial suspende ajuda ao Afeganistão e se diz preocupado com mulheres

Órgão afirma que acompanha e avalia a situação no país; projetos somam mais de US$ 5,3 bilhões

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O Banco Mundial informou que vai suspender o financiamento de projetos no Afeganistão, depois da tomada do poder pelo Talibã. A decisão foi tomada na 3ª feira (24.ago.2021). O grupo islâmico tomou a capital do país, Cabul, em 15 de agosto, ao fim de uma rápida investida sobre o território afegão. O movimento se deu a partir da saída das tropas norte-americanas do local.

“Estamos profundamente preocupados com a situação no Afeganistão e o impacto nas perspectivas de desenvolvimento do país, especialmente para as mulheres”, disse um porta-voz do Banco Mundial à rede norte-americana CNBC.

O órgão disse que interrompeu os desembolsos e que está monitorando e avaliando “de perto” a situação, conforme as políticas e procedimentos internos da instituição. “Ao fazermos isso, continuaremos a consultar de perto a comunidade internacional e os parceiros de desenvolvimento”, declarou o porta-voz.

Segundo a CNBC, o banco havia comprometido mais de US$ 5,3 bilhões para projetos de desenvolvimento no Afeganistão.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) também adotou a mesma postura. 3 dias depois da tomada do poder pelo Talibã, em 18 de agosto, a instituição suspendeu pagamentos ao país.

Na 3ª feira (24.ago), o presidente dos EUA, Joe Biden, disse aos líderes do G7 que o país caminha para completar a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão até 31 de agosto. Biden enviou militares para o aeroporto de Cabul, depois da tomada de poder pelo Talibã, para evacuar cidadãos norte-americanos e afegãos em situação de risco.

Entenda

O Talibã governou o Afeganistão de 1996 a 2001, com a imposição de um regime baseado numa interpretação radical da lei islâmica. Foi retirado do poder por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

O anúncio da retirada das tropas norte-americanas, em maio deste ano (2021), e a consequente diminuição no número de militares dos Estados Unidos, possibilitaram que o grupo ampliasse seu escopo e conquistasse territórios. Os membros do grupo avançaram contra as principais cidades do Afeganistão desde o começo de agosto.

Em 15 de agosto, chegaram à capital Cabul e, na ausência do presidente Ashraf Ghani, instituíram o Emirado Islâmico do Afeganistão. Entenda neste post o que motivou o caos no país.

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Fonte poder360
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