Austrália inicia vacinação contra covid-19 em meio a polêmica
A Austrália iniciou sua vacinação contra a covid-19 nesta segunda-feira (domingo, 21, no Brasil) em meio a protestos contra a campanha, incluindo uma manifestação sonora de oposição na final de um campeonato de tênis.
Cerca de 60 mil doses devem ser administradas esta semana, começando com os trabalhadores da linha de frente – de profissionais de saúde a funcionários de hotéis de quarentena e policiais – e os residentes de lares de idosos.
Os noticiários matinais da televisão mostraram as primeiras injeções sendo aplicadas em Melbourne e Sydney, um dia depois que o primeiro-ministro Scott Morrison recebeu sua dose em um evento com o objetivo de convencer os australianos de que a vacina era segura.
O lançamento foi ofuscado por protestos antivacinas espalhados, mas barulhentos, nas principais cidades. O auge foi uma explosão de vaias da plateia na final do tênis masculino no Aberto da Austrália, quando ouviu uma menção às esperanças trazida pela vacina.
Apesar dos protestos, pesquisas de opinião pública indicam que cerca de 80% dos australianos elegíveis estão dispostos a ser vacinados.
A Austrália tem sido um dos países mais bem-sucedidos do mundo na contenção do coronavírus graças ao rápido fechamento das fronteiras do país e às medidas agressivas para conter os surtos por meio de confinamentos, testes intensivos e programas de rastreamento de contatos.
A campanha de imunização, que o governo pretende concluir até outubro, está começando com doses importadas da vacina Pfizer/BioNTech e uma fase posterior usará injeções da AstraZeneca fabricadas localmente.