Anúncio de indiciamento de Trump, acusado de interferência eleitoral, deve ser feito nos próximos meses
A promotora da Geórgia que lidera a investigação afirmou que a informação virá à tona entre 11 de julho e 1º de setembro
Fani Willis, a promotora da Geórgia que lidera uma investigação de interferência eleitoral do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e seus aliados, afirmou nesta segunda-feira (24) que o anúncio de indiciamento do bilionário americano será feito neste verão do Hemisfério Norte, que tem início em meados de junho. Willis disse que planeja fazer o anúncio durante o quarto mandato do Tribunal Superior do condado de Fulton, que começa em 11 de julho e termina em 1º de setembro. Se indiciado, Trump será apontado formalmente como autor do crime, pelas evidências colhidas no inquérito.
A promotora alertou as autoridades sobre a “necessidade de maior segurança e preparação nos próximos meses”.
“A inteligência de código aberto indicou que o anúncio das decisões neste caso pode provocar uma reação pública significativa”, escreveu Willis em uma carta ao xerife do condado de Fulton, Patrick Labat, obtida pela rede de notícias americana NBC News.
“Vimos nos últimos anos que alguns podem sair das expressões públicas de opinião, protegidas pela Primeira Emenda, para se envolver em atos de violência que porão em risco a segurança de nossa comunidade. Como líderes, cabe a nós nos preparar”, completou.
Cartas semelhantes foram entregues em mãos a Darin Schierbaum, o chefe de polícia de Atlanta, e Matthew Kallmyer, diretor da Agência de Gerenciamento de Emergências do Condado de Atlanta-Fulton. Observadores jurídicos que acompanham de perto a investigação de Fulton, lançada por Willis há mais de dois anos, afirmaram que os documentos sugerem que Willis apresentará acusações contra Trump.
Além desse, o ex-presidente está ligado a vários outros processos. O principal deles, e que poderia eventualmente torná-lo inelegível, é o fato de ele ter supostamente instigado apoiadores a invadir o Capitólio, a sede do Congresso americano, em 6 de janeiro de 2021. Ele também é acusado de crimes ligados a obstrução de investigação federal e a fraude fiscal e financeira.