AIEA pede agilidade para restabelecer operação normal em usinas nucleares na Ucrânia

Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica se encontrou com ministros das Relações Exteriores de Rússia e Ucrânia nesta quinta-feira

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Após encontros com os ministros das Relações Exteriores de Rússia e Ucrânia nesta quinta-feira (10), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse que é necessário “agir rápido” para normalizar as operações em Chernobyl e Zaporizhzhia.

“Talvez a gravidade do meu tom tenha a ver com a gravidade da situação, porque é uma situação muito terrível e precisamos agir rápido. E estou ciente da responsabilidade que temos e das expectativas que existem”, afirmou Grossi em coletiva de imprensa.

Na quarta-feira (9), a agência da ONU publicou uma nota informando que não estava mais recebendo transmissão de dados da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior instalação do tipo na Europa, o que também foi relatado anteriormente em Chernobyl.

Sobre isso, Grossi informou que a comunicação com as usinas está “degradada” e que não há confirmação de que a energia em Chernobyl tenha sido restaurada.

Desde o dia 4 de março, a central de Zaporizhzhia está sob controle das forças russas. Na data, houve um ataque a um centro de treinamento no complexo da usina, o que gerou um pequeno incêndio. A AIEA informou que nenhum reator foi atingido e que os níveis de radiação continuavam normais.

A situação nas usinas nucleares ucranianas deixou a comunidade internacional em alerta. O Conselho de Segurança da ONU fez uma reunião de emergência após o ataque em Zaporizhzhia e agentes da AIEA dizem estarem preocupados com o estresse de trabalhadores em Chernobyl.

Mesmo que nenhum alerta relacionado a níveis anormais de radiação em Zaporizhzhia ou de um descontrole em Chernobyl tenham sido emitidos, Rafael Grossi destacou a importância de trabalhar a situação nas centrais nucleares e que os ministros de Rússia e Ucrânia concordaram em trabalhar em conjunto com a AIEA.

*com informações da Reuters

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Fonte cnnbrasil
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