Veja as cidades mais caras para se viver no mundo, segundo The Economist

O Brasil, representado por São Paulo e Rio de Janeiro, caiu no ranking geral. As cidades empataram na 119º posição geral, após caírem 23 colocações

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SÃO PAULO – Em um ano marcado pela pandemia do coronavírus, o ranking mais recentes das cidades mais caras para se viver no mundo da revista inglesa The Economist teve algumas variações sobre o último estudo de 2020, realizado em março. A nova pesquisa mostra como a pandemia afetou os preços de bens e serviços em mais de 130 cidades durante o segundo semestre 2020.

Paris, capital da França, e Zurique, capital da Suíça, uniram-se a Hong Kong, na China, para completar o trio de cidades empatadas com custo de vida mais elevado. Elas substituíram a cidade-estado Singapura e Osaka, no Japão, aponta o estudo da The Economist Intelligence Unit.

O relatório aponta que o salto das capitais europeias na lista, Paris e Zurique, é explicado, em parte, pelo fortalecimento do franco suíço e do euro. “A pandemia de Covid-19 causou o enfraquecimento do dólar americano, enquanto as moedas da Europa Ocidental e do norte da Ásia se fortaleceram, o que por sua vez mudou os preços de bens e serviços”, disse Upasana Dutt, chefe de da divisão sobre Custo de Vida Mundial do The Economist Intelligence Unit no relatório.

Cidades importantes da Ásia, principalmente as grandes metrópoles dos “Tigres Asiáticos” (Hong Kong, Coreia do Sul, Singapura e Taiwan) dominavam os rankings passados e sofreram bastante com as reformulações que a pandemia causou nos mercados internos. Singapura, que agora está em quarto lugar no ranking geral, viu os preços internos caírem por causa de um êxodo de trabalhadores estrangeiros do país e por conta dos impactos da pandemia na economia local, disse o relatório.

“Com a população geral da cidade-estado contraindo pela primeira vez desde 2003, a demanda diminuiu e a deflação se instalou. Osaka viu tendências semelhantes, com os preços ao consumidor estagnados e o governo japonês subsidiando custos como o transporte público”. Osaka, no Japão, divide o quinto lugar com Tel Aviv, capital de Israel.

Ainda na comparação com o estudo de março, as cidades mais caras para se viver nos EUA caíram no ranking. Nova York perdeu um lugar e se situa na sétima posição, empatada com Genebra, na Suíça. Na costa oeste, Los Angeles caiu para o nono lugar, juntamente com Copenhague, capital da Dinamarca.

Confira abaixo as 10 cidades mais caras do mundo, segundo a revista inglesa The Economist:

Paris (França)
Zurique (Suíça)
Hong Kong (China)
Singapura (Singapura)
Osaka (Japão)
Tel Aviv (Israel)
Nova York (EUA)
Genebra (Suíça)
Los Angeles (EUA)
Copenhague (Dinamarca)

Movimentações relevantes; cidades do Brasil perdem posições

Levando em conta os últimos 12 meses, a capital iraniana Teerã foi a que teve o maior salto de posições no ranking. Ela subiu 27 colocações, passando da 106ª posição para a 79ª.

Segundo o estudo, houve um encarecimento dos bens e serviços no país devido ao impacto das sanções americanas, que afetaram o abastecimento e aumentaram os preços de grande parte dos produtos importados. A capital Teerã foi especialmente afetada pelas sanções, aponta o relatório.

 

Em outras cidades, ações diretas do governo provocaram mudanças nos preços e, consequentemente, derrubaram as cidades no ranking. Esse é o caso da Argentina, por exemplo, onde o governo local impôs novos controles de preços, em meio à alta demanda de compradores em pânico.

Entre as maiores cidades mais caras para se viver na América do Sul, Buenos Aires aparece na frente apenas de Caracas, capital da Venezuela. A capital argentina está atrás de grandes metrópoles latinas, como Quito, no Equador, Assunção, no Paraguai, Montevidéu, no Uruguai, e as cidades brasileiras São Paulo e Rio de Janeiro.

Ainda que as cidades brasileiras estejam na frente da capital argentina, o Brasil, representado por São Paulo e Rio de Janeiro, caiu bastante no ranking geral. As cidades empataram na 119º posição geral, após caírem 23 colocações em comparação com o estudo do começo deste ano.

Devastada pela guerra, Damasco, na Síria, é a cidade com o menor custo de vida entre as listadas. Ela é seguida por Tashkent, no Uzbequistão, Lusaka, na Zâmbia, e Caracas, na Venezuela.

Reflexos da pandemia e a metodologia do estudo

O estudo ainda que a drástica mudança no estilo de vida dos cidadãos de grandes cidades teve um papel fundamental para a mudança e a flutuação de preços gerais.

Em todo o mundo, a queda do custo de vida seguiu a dos preços de roupas e calçados, uma vez que pessoas em isolamento e quarentena pararam de comprar peças novas. O aumento do trabalho remoto, por outro lado, levou a um salto na compra de artigos eletrônicos, cujos preços subiram bastante e ajudaram a elevar o custo de vida em algumas cidades.

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Fonte infomoney
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