Túnel Santos-Guarujá: “É lamentável disputar paternidade de obra”, diz Tarcísio à CNN
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) reagiu à notícia de que o estado de São Paulo não participará mais diretamente da obra do túnel Santos-Guarujá.
“É lamentável que se fique em uma disputa de paternidade da obra. Isso só atrapalha a vida do cidadão”, afirmou Tarcísio à CNN.
Por que não superar a questão política e ser republicano? Está na hora de deixar o discurso de lado e exercitar a união que dizem pregar. Ou isso é só discurso mesmo?
Tarcísio de Freitas
De acordo com ele, se houvesse uma decisão de levar adiante o túnel Santos-Guarujá sem entrar em questões políticas, uma consulta pública sobre o projeto já poderia ter sido aberta no último trimestre de 2023.
A modelagem proposta pelo governo paulista prevê aporte de R$ 2,7 bilhões pela União e outros R$ 2,7 bilhões em recursos estaduais, dividindo igualmente a fatura.
Além disso, segundo Tarcísio, ainda haveria a necessidade de uma injeção de aproximadamente 10% do valor total da obra — cerca de R$ 600 milhões — por um sócio privado, por meio de PPP.
Conta fecha?
Na avaliação do governador, só com um aporte de R$ 2,7 bilhões pela Autoridade Portuária de Santos (APS) e deixando todo o resto nas mãos do sócio privado, a conta não fecha porque a tarifa praticada no túnel ficará muito alta — a fim de remunerar o investimento.
“Seria muito razoável, e seria um fator de sucesso, fazermos [a obra] juntos. O cidadão quer o túnel, não quer uma disputa em torno da paternidade”, afirmou.
Tarcísio lembrou que, no início do ano passado, levou à Casa Civil da Presidência da República três projetos prioritários para inclusão no Novo PAC: o Trem Intercidades (São Paulo-Campinas), a ampliação da Linha 2-Verde e o túnel Santos-Guarujá.
O projeto de engenharia do túnel foi elaborado pela estatal paulista Dersa. “Vão nos tirar? É até um desrespeito”, concluiu.