São Paulo tem novas manifestações contra e a favor de Bolsonaro
SÃO PAULO – Manifestantes contrários e favoráveis ao governo do presidente Jair Bolsonaro realizam neste domingo novos atos em São Paulo. É o terceiro final de semana seguido com manifestações.
A maior manifestação, crítica a Bolsonaro, ocorreu na Avenida Paulista, e reuniu integrantes de torcidas organizadas de futebol, simpatizantes de partidos como o PSTU, o PSOL e o PCO, além da central sindical Conlutas. Nas faixas, muitos manifestantes pediam “Fora Bolsonaro”, mas a pauta era bastante diversa. Havia, por exemplo, várias menções críticas ao racismo.
Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Artes de São Paulo (Masp). Por volta das 15h, iniciaram uma caminhada pela Avenida Paulista, que foi fechada nos dois sentidos em algumas quadras. Às 16h, eles interromperam a caminhada, e a expectativa era de que o protesto seria encerrado. Até o momento não houve qualquer princípio de confusão.
Grupos bolsonaristas críticos ao governador João Doria (PSDB) e ao prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciaram manifestação para o mesmo horário no Viaduto do Chá, na região central da capital paulista. O ato, menor do que o da Paulista, reuniu algumas dezenas de pessoas, que levaram faixas com críticas a Doria.
A Polícia Militar de São Paulo não estimou o público das manifestações. No Twitter, a corporação afirma que agentes detiveram um homem com uma arma conhecida por “nunchaku”, usada em artes marciais, a caminho da manifestação no Viaduto do Chá. Ele foi levado ao 2º DP, e a arma foi apreendida pela equipe do 7º BPM (Centro).
Disputa de espaço
Ambos os grupos têm disputado o espaço da Avenida Paulista para realização de atos. Em função do impasse, acordo feito entre os organizadores, com a intermediação do Ministério Público (MP), estabeleceu um esquema de revezamento dos protestos na região.
No último fim de semana, parte da avenida foi ocupada por apoiadores do presidente. Neste domingo foi a vez dos críticos à sua gestão.
Grupos suprapartidários em defesa da democracia e críticos a Bolsonaro têm desestimulado a presença de manifestantes nas ruas, por causa da pandemia da Covid-19.