PGR abre investigação sobre Davi Alcolumbre por suposta rachadinha
Senador é acusado de montar esquema que movimentou R$ 2 milhões no gabinete dele em Brasília; a apuração é preliminar
A PGR (Procuradoria-Geral da República) informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que abriu apuração preliminar para averiguar suposto esquema de rachadinha envolvendo o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. O procedimento vai avaliar se existem indícios de crime por parte do parlamentar.
Caso o Ministério Público encontre fundamentos suficientes, pode pedir abertura de inquérito para investigar o caso. A apuração está sendo conduzida pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Alcolumbre é acusado de empregar funcionárias-fantasma em seu gabinete e se apropriar de parte dos salários.
As suspeitas começaram após reportagem de uma revista afirmar que pelo menos seis mulheres seriam funcionárias-fantasma do parlamentar, recebendo os salários sem nunca trabalhar oficialmente no parlamento.
Em troca, as funcionárias receberiam uma pequena parcela do salário, enquanto o parlamentar ficaria com o resto do dinheiro. A acusação é de que a prática se estendeu de 2016 até o começo de 2021 e teria resultado no desvio de R$ 2 milhões. O parlamentar negou qualquer envolvimento com as supostas irregularidades.