O Assunto #958: Governo e mercado – estranhamento e aproximação

Nesta quarta-feira (10), uma nova edição da pesquisa Genial/Quaest indicou ligeira contradição dentro do mercado financeiro: enquanto agentes seguem mal-humorados em relação a Lula (PT) - cuja avaliação é negativa para 86% dos entrevistados – a avaliação positiva sobre Fernando Haddad (PT), no comando da Fazenda, subiu 16 pontos percentuais.

-- Publicidade --

-- Publicidade --

Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.

Nesta quarta-feira (10), uma nova edição da pesquisa Genial/Quaest indicou ligeira contradição dentro do mercado financeiro: enquanto agentes seguem mal-humorados em relação a Lula (PT) – cuja avaliação é negativa para 86% dos entrevistados – a avaliação positiva sobre Fernando Haddad (PT), no comando da Fazenda, subiu 16 pontos percentuais. Diante do morde e assopra dos dois lados, o mais recente movimento de aproximação feito pelo governo foi a indicação de Gabriel Galípolo, atual número 2 de Haddad, para a mais importante diretoria do Banco Central. Para avaliar o atual status da relação governo-mercado, Natuza Nery conversa com o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, e com o próprio Gabriel Galípolo. Neste episódio:

  • Felipe explica como Fernando Haddad se tornou o “malvado favorito” da Faria Lima: aprovação ao arcabouço fiscal, revisão de renúncias fiscais e iminente queda na taxa de juros. Mas pondera como Lula segue por um caminho diferente e “ainda não comprou o mercado”;
  • O cientista político descreve as atribuições do diretor de política monetária do BC: “Uma posição que fala muito com o mercado financeiro”. E revela que a expectativa dos agentes econômicos é de que, ao assumir o cargo, Galípolo esteja integrando um “estágio de um ano e meio antes de virar presidente do BC” – o mandato de Campos Neto vai até o fim de 2024;
  • Galípolo diz que sua indicação à diretoria do BC se deve ao “excelente diálogo” que tem com o atual presidente da instituição – com quem, diz, “conversa quase todo dia”. E afirma que isso faz parte de um movimento para “harmonizar as políticas fiscal e monetária”;
  • O economista avalia a opinião do mercado sobre a atuação do governo e responde que “o mercado oferece outra ferramenta muito boa, que são os preços dos ativos”. Para Galípolo, é natural que os agentes financeiros tenham recebido as propostas da Fazenda com ceticismo – que, argumenta, “só será vencido com ações e com vitórias”.

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Guilherme Romero e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.

Banner825x120 Rodapé Matérias
Fonte globo
você pode gostar também