Número de mortos por enchentes na África do Sul chega a 433; outros 63 estão desaparecidos
Governo estima que 40 mil pessoas tenham sido afetadas pelas inundações, 3.937 casas destruídas e 8.039 foram parcialmente danificadas
O número de mortes devido às graves inundações que estão ocorrendo na província de KwaZulu-Natal, no leste da África do Sul, aumentou neste domingo, 17, chegando a 433 vítimas, além de 63 desaparecidos, de acordo com informações de fontes oficiais. Durante entrevista coletiva, o chefe de Governo da província, Sihle Zikalala, atualizou o número de vítimas e reiterou que estas inundações estão “entre as piores catástrofes na província de KwaZulu-Natal em muito tempo”. As equipes de emergência continuam trabalhando na área devastada, que está novamente em alerta neste fim de semana devido às chuvas e ventos. As autoridades locais estimam que os danos na província sejam de milhões e que um total de 40 mil pessoas tenham sido afetadas pelas inundações desde o início das chuvas torrenciais na última segunda-feira. Também estimam que 3.937 casas foram totalmente destruídas e 8.039 parcialmente danificadas. O governo sul-africano declarou estado de calamidade na província e enviou tropas do Exército para auxiliar no trabalho de emergência e na busca de pessoas desaparecidas.
Zikalala afirmou que a província vai pedir ao governo que considere declarar estado de calamidade a nível nacional devido à magnitude da tragédia. A região mais afetada é a área de Durban, que é a maior cidade de KwaZulu-Natal e a terceira maior da África do Sul. As infraestruturas de eletricidade, água corrente e muitos centros médicos foram severamente danificados. Segundo cálculos de Mxolisi Kaunda, prefeito de Durban, só naquele município o prejuízo foi quantificado na última quinta-feira em 757 milhões de rands (cerca de 50 milhões de euros). O presidente do país, Cyril Ramaphosa, visitou a área afetada na última quarta-feira e afirmou tratar-se de um “desastre de enormes proporções”, além de vincular diretamente as inundações às mudanças climáticas.
*Com informações da EFE