Microsoft quer “um plano de moderação por toda a indústria” após atentados
A Microsoft quer uma internet mais moderada no que diz respeito a interações em redes sociais, e chamou outros nomes importantes da indústria para isso. Após a realização de vigília em Christchurch, Nova Zelândia, relacionada aos ataques a duas mesquitas ocorridos recentemente, o presidente da empresa, Brad Smith, publicou um post no blog oficial da Microsoft referindo-se a um “plano de moderação por toda a indústria”.
“Nós precisamos desenvolver uma abordagem por toda a indústria, com princípios de compreensão e eficácia. A melhor forma de perseguir isso é tomar passos novos e concretos rapidamente, em maneiras que aprimorem o que já existe”, diz no post.
Os atentados de Christchurch foram provocados por um morador da Nova Zelândia, com cidadania australiana. Em 15 de março, ele invadiu duas mesquitas na cidade e abriu fogo contra os fiéis que lá dentro rezavam. Na contagem, 50 pessoas morreram, enquanto outras 50 ficaram feridas. O atirador tinha relações com movimentos da chamada alt-right (“Direita Alternativa”) e transmitiu o tiroteio ao vivo em sua conta no Facebook. Também na rede social, ele publicou um manifesto onde se denominava “fascista” e criticava a miscigenação cultural e racial em diversos países, incluindo o Brasil.
Sem mencionar diretamente as transmissões feitas, o post publicado por Smith fala sobre “indivíduos estão usando plataformas online para trazer à tona os lados mais obscuros da humanidade”, após sugerir investimentos em tecnologias de marcação de conteúdos ofensivos e/ou perigosos, ressaltando o aspecto “comunal” já que tais tecnologias não seriam exclusivamente suas.
Smith também fala na criação de um “grande centro de comando” que seria gerenciado em conjunto por diversas empresas, repetidamente ressaltando que, para estes assuntos, a concorrência entre as empresas deve ser colocada de lado por um bem maior.