Gusttavo Lima sobre cachê de R$ 800 mil de prefeitura: “Não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas”

Escritório do cantor emitiu um comunicado oficial isentando a responsabilidade do cantor de saber a procedência da verba destinada ao seu pagamento

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Gusttavo Lima, de 32 anos, acabou se envolvendo em uma polêmica ao ter o seu cachê de R$ 800 mil para cantar em São Luiz, em Roraima, divulgado. O valor alto, retirado dos cofres públicos para um show na cidade de cerca de 8 mil habitantes, chamou atenção do Ministério Público do estado que investiga o caso. Nesta quinta-feira (26), o escritório do sertanejo emitiu um comunicado oficial isentando a responsabilidade do artista de fiscalizar as contas da prefeitura.

“A Balada Eventos, empresa que representa o artista Gusttavo Lima, através de seu advogado Cláudio Bessas, esclarece que: o valor do cachê do artista é fixado obedecendo critérios internos, baseados no cenário nacional, tais como: logística (transporte aéreo, transporte rodoviário, etc.), tipo do evento (show privado ou público), bem como os custos e despesas operacionais da empresa para realização do show artístico, dentre outros fatores. Não pactuamos com ilegalidades cometidas por representantes do poder público, seja em qualquer esfera”, alega.

O aviso continua afirmando que os contratos do cantor estão todos dentro da lei. “Toda contratação do artista por entes públicos federados, são pautados na legalidade, ou seja, de acordo com o que determina a lei de licitações. Com relação a verba para realização de ‘show artístico’, cabe ao ente público federado agir com responsabilidade na sua aplicação. Não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas para saber qual a dotação orçamentária que o chefe do executivo está utilizando para custear a contratação”, reforça.

Por fim, o boletim pede para que os órgãos responsáveis apurem os fatos. “A fiscalização das contas públicas é realizada pelos órgãos: TCU (Tribunal de Contas da União ou TCE (Tribunal de Contas do Estado), de acordo com suas competências, seja a nível Federal, Estadual ou Municipal. Portanto, qualquer ilegalidade cometida pelos entes públicos, seja na contratação de show artísticos ou qualquer outra forma de contração com o setor privado, deverá ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas e se apurada qualquer ilegalidade, deverá ser encaminhada para a justiça competente para julgar o ilícito eventualmente cometido”, conclui.

Polêmica começou envolvendo Anitta e a dupla Zé Neto & Cristiano
O alerta para os cachês exorbitantes pagos por prefeituras à artistas sertanejos começou quando o sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, criticou Anitta e a Lei Rouanet em um show de R$ 400 mil bancado com verba municipal da cidade de Sorriso (MT). Gusttavo Lima, por exemplo, cantará no aniversário de Magé, na Baixada do Rio de Janeiro, por R$ 1 milhão, valor dez vezes maior do que o investimento anual em atividades culturais municipais em Magé.

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Fonte revistaquem
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