Guedes admite inflação maior e diz: ‘Não faço previsões, zombo delas’

Em live promovida por instituição financeira, ministro disse que o crescimento, assim como a inflação, será maior que o esperado

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, em evento virtual de uma instituição financeira, que a inflação será maior que o esperado em 2022. Ele alegou, entretanto, que o crescimento também superará o previsto por economistas e pelo mercado financeiro. Mesmo em cenário de aumento de preço de alimentos e combustíveis e de crise social, Guedes criticou as estimativas negativas: “Não faço previsões, zombo delas”.

O ministro assegurou que o país vai crescer por causa dos investimentos privados, apesar dos problemas. “É verdade que as taxas de juros vão subir com a luta do Banco Central para controlar a inflação, e isso vai desacelerar o crescimento”, disse.

Certamente temos um problema com a inflação subindo, e certamente estamos tendo problemas porque não estamos sendo bem-sucedidos em fazer reformas com a agilidade necessária, mas acho que o Congresso nos apoiará nas reformas”, acrescentou.

Guedes desafiou as previsões de que o Brasil terá um crescimento igual a zero em 2022. “O problema será a inflação persistente, não o baixo crescimento. A inflação deve ficar um pouco acima do previsto, mas o crescimento também estará acima do que estão prevendo”, declarou.

PEC dos Precatórios

Sobre a PEC dos Precatórios, Guedes afirmou que o projeto foi a solução do governo para tentar disciplinar a fonte de gastos oriunda de despesas relativas a sentenças judiciárias que, segundo ele, ficou “incontrolável”. O ministro afirmou que houve um aumento de R$ 8 bilhões para quase R$ 90 bilhões em 10 anos a serem pagos pelo governo. Para ele, a PEC traria previsibilidade para o próximos 20 anos no orçamento.

Segundo o ministro, o ideal seria colocar os precatórios dentro do teto gastos do governo. Ele rejeitou as criticas de que a PEC seria um calote argumentando que não seria razoável jogar o país na hiperinflação para honrar débitos judiciários.

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Fonte r7
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