Governo prevê início do período seco “mais tranquilo” para o setor elétrico
Bento Albuquerque disse que armazenamento energético nas hidrelétricas deve passar dos atuais 25% para 42,6%, em maio
O setor elétrico brasileiro deve chegar a uma situação “mais tranquila” no início do próximo período seco, em maio. A afirmação foi dada nesta 3ª feira (9.nov.2021) pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em audiência pública do Senado sobre a crise energética.
O armazenamento máximo energético dos volumes dos reservatórios (a chamada EAR – energia armazenada) deve passar dos atuais 25%, aproximadamente, para 42,6% em maio, caso o volume de chuvas seja igual ao do período úmido 2020/2021. Se as chuvas forem melhores, acompanhando a média histórica, esse percentual pode chegar a 51,1%.
“Isso nos permite a governança [do setor elétrico] com certa tranquilidade em 2022. Só lembrando aos senhores que começamos em abril de 2021 com 35,4% (de EAR). “, disse Bento.
A melhora dos níveis dos reservatórios não virá apenas das chuvas, mas da maior participação das termelétricas no suprimento de energia. Segundo Bento, o custo total dessa geração será de R$ 28 bilhões, que será pago pela bandeira tarifária (R$ 14,20 a cada 100kWh) e pelos reajustes das tarifas das distribuidoras, a partir do ano que vem.
Durante a audiência, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) questionou o peso dessas contratações para os consumidores, considerando a melhora dos níveis dos reservatórios. “Vamos superar esse desafio da escassez hídrica. Mas a que preço? Quero entender qual foi a lógica da contratação de energia nessa reserva emergencial. No último leilão, foi comprado o megawatt-hora a R$ 1.700 ou mais que isso. E os brasileiros, nós estamos pagando por isso“, disse Fávaro.
O leilão ao qual o senador se referiu foi o de reserva de capacidade, realizado em outubro, cuja contratação de 1,2GW de potência para o SIN custará R$ 39 bilhões. A homologação do leilão chegou a ser suspensa pela Justiça Federal, mas a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) reverteu a decisão na segunda instância e homologou o resultado no sábado (6.nov), em reunião extraordinária da diretoria.
O ministro Bento Albuquerque afirmou que o custo da geração aumentou, mas que foi necessário para não haver apagão e nem racionamentos. “Agora, o senhor tem razão quanto aos R$ 1.700. Mas hoje nós chegamos a pagar R$ 2.400 [neste ano]. Então, vai haver uma redução nisso“, disse Bento.
A melhora dos níveis dos reservatórios não virá apenas das chuvas, mas da maior participação das termelétricas no suprimento de energia. Segundo Bento, o custo total dessa geração será de R$ 28 bilhões, que será pago pela bandeira tarifária (R$ 14,20 a cada 100kWh) e pelos reajustes das tarifas das distribuidoras, a partir do ano que vem.
Durante a audiência, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) questionou o peso dessas contratações para os consumidores, considerando a melhora dos níveis dos reservatórios. “Vamos superar esse desafio da escassez hídrica. Mas a que preço? Quero entender qual foi a lógica da contratação de energia nessa reserva emergencial. No último leilão, foi comprado o megawatt-hora a R$ 1.700 ou mais que isso. E os brasileiros, nós estamos pagando por isso“, disse Fávaro.
O leilão ao qual o senador se referiu foi o de reserva de capacidade, realizado em outubro, cuja contratação de 1,2GW de potência para o SIN custará R$ 39 bilhões. A homologação do leilão chegou a ser suspensa pela Justiça Federal, mas a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) reverteu a decisão na segunda instância e homologou o resultado no sábado (6.nov), em reunião extraordinária da diretoria.
O ministro Bento Albuquerque afirmou que o custo da geração aumentou, mas que foi necessário para não haver apagão e nem racionamentos. “Agora, o senhor tem razão quanto aos R$ 1.700. Mas hoje nós chegamos a pagar R$ 2.400 [neste ano]. Então, vai haver uma redução nisso“, disse Bento.