G20 deve ampliar recurso do FMI em US$ 650 bi e prorrogar congelamento de dívida

O documento também intensifica a linguagem sobre combate à mudança climática, outro tópico diluído em comunicados do G20 durante a presidência de Trump

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Líderes financeiros do mundo vão fechar acordo nesta quarta-feira (7) para ampliar os recursos do Fundo Monetário Internacional em US$ 650 bilhões e prorrogar o congelamento do serviço da dívida de países em desenvolvimento para ajudá-los a lidar com os efeitos da pandemia de Covid-19, mostrou o esboço do comunicado.

O esboço, visto pela Reuters, também mostrou que os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo, retomaram a promessa de combater o protecionismo no comércio mundial, referência que havia sido retirada desde março de 2017 por insistência do governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O documento também intensifica a linguagem sobre combate à mudança climática, outro tópico diluído em comunicados do G20 durante a presidência de Trump.

“Vamos intensificar nosso suporte a países vulneráveis conforme eles lidam com os desafios associados à pandemia de Covid-19”, disse o esboço, a ser endossado em reunião virtual do G20 nesta quarta-feira (7).

“Pedimos ao FMI que faça uma proposta abrangente para uma nova alocação geral de Direitos Especiais de Saque (SDR) de US$ 650 bilhões para atender à necessidade global de longo prazo para suplementar os ativos de reserva”, completou o texto.

Expandir as reservas do FMI, ou SDRs, vai aumentar a liquidez para todos os membros, sem ampliar a dívida dos cerca de 30 países que já enfrentam problemas, disseram autoridades de finanças e economistas.

O esboço mostrou que o G20 também concordou com a prorrogação até o fim de 2021 da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida, com o objetivo de liberar dinheiro em países em desenvolvimento para combater a Covid-19.

Isso pode fornecer bilhões de dólares para que eles gastem em vacina e estímulo, disse na segunda-feira (5) o chefe do Banco Mundial, David Malpass.

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Fonte cnnbrasil
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