Fux pede a Bolsonaro para indicar novo ministro só quando Marco Aurélio sair
Ministro se reuniu com presidente Encontro não estava na agenda
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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, reuniu-se na tarde desta 3ª feira (8.jun.2021) com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O encontro não estava na agenda das duas autoridades.
Fux convidou Bolsonaro para a conversa depois de falar com ele por telefone. O encontro durou cerca de 20 minutos e ocorreu no gabinete da Presidência do STF. Bolsonaro saiu do Palácio do Planalto às 17h24 e seguiu para o STF. Ficou no prédio com Fux até as 18h. Depois, foi para sua residência oficial, o Palácio da Alvorada.
Durante o encontro, Fux pediu a Bolsonaro para aguardar a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello antes de indicar um novo nome para a vaga. O decano se aposenta no dia 5 de julho. Será a 2ª indicação do presidente à Corte. O nome mais cotado é o do atual advogado-geral da União, André Mendonça.
No ano passado, Bolsonaro indiciou Kassio Nunes Marques ao STF antes da aposentadoria de Celso de Mello. A escolha do novo integrante do tribunal foi anunciada pelo presidente no dia 1º de outubro. O ministro deixou a Corte quase duas semanas depois, em 13 de outubro. Agora, Fux pediu ao presidente, por “cortesia”, que aguardasse a aposentadoria de Marco Aurélio.
COPA AMÉRICA
A visita de Bolsonaro ocorreu horas depois de Fux marcar para a próxima 5ª feira (10.jun) o julgamento de duas ações contra a realização da Copa América no país. Os processos serão discutidos no plenário virtual em sessão extraordinária de 24 horas.
As ações foram incluídas na pauta a pedido da ministra Cármen Lúcia “em razão da excepcional urgência e relevância do caso” . O 1º jogo do evento está previsto para domingo (13.jun).
Os processos foram movidos pelo PSB e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos. Ambos pedem que o STF suspenda a Copa América em razão da pandemia de covid-19. Bolsonaro é defensor do evento. Na semana passada, declarou a apoiadores que realizaria a competição no Brasil e criticou o que chamou de “lobby contrário da Globo” .
“No que depender de mim, de todos os ministros, inclusive o da Saúde, já está acertado, haverá [a Copa]. O protocolo é o mesmo da Libertadores e da Sul-Americana”, disse o presidente.